As buscas pela brasileira Juliana Marins, ferida após cair em uma trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia, continuam nesta terça-feira (24), mas as condições climáticas seguem dificultando as operações. De acordo com a família, o mau tempo impede o uso de helicópteros para o resgate.
Juliana está desaparecida desde sexta-feira (20), quando escorregou e caiu de uma altura de aproximadamente 300 metros durante uma trilha. Desde então, permanece em uma área de difícil acesso e visibilidade comprometida pela neblina e pelas pedras escorregadias.
Apesar de dois helicópteros de resgate estarem de prontidão nas cidades de Sumbawa e Jacarta, o tempo fechado e o terreno íngreme impossibilitam o pouso e a aproximação aérea. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) foi acionado, solicitou reforços e acompanha a situação junto às autoridades locais.
Família contesta informações desencontradas
Informações iniciais de que Juliana teria sido localizada e recebido suprimentos chegaram a circular, mas foram negadas pela irmã da jovem, Mariana Marins. Segundo ela, ainda não há confirmação de contato direto com a vítima.
Imagens de drones utilizados pelos socorristas mostraram uma mulher imóvel cerca de 500 metros abaixo do local da queda, mas os familiares dizem não ter certeza se Juliana permanece no mesmo ponto. “Ela está escorregando montanha abaixo”, afirmou a família.
Trilha é fechada para agilizar resgate de brasileira em vulcão na Indonésia
O Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia, suspendeu temporariamente o acesso à trilha que leva ao cume do vulcão para facilitar as operações de resgate da brasileira Juliana Marins, de Niterói, que caiu em um penhasco durante uma trilha no sábado (21).
O trecho fechado vai de Pelawangan Sembalun até o topo do Monte Rinjani. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (24) na Indonésia e não tem prazo para ser revertida. A medida visa evitar a presença de turistas e acelerar os trabalhos de resgate.
Juliana está desaparecida há mais de 72 horas. Segundo a família, ela teria sido localizada a cerca de 950 metros abaixo da trilha original. Os socorristas já conseguiram descer aproximadamente 400 metros e continuam a operação.
Dois helicópteros estão de prontidão, mas ainda aguardam autorização para sobrevoar a área. Também há previsão de uso de equipamentos como furadeira para auxiliar a descida.
Viagem dos sonhos interrompida
Juliana, que fazia um mochilão pela Ásia, caiu enquanto tentava alcançar o cume do vulcão Rinjani, um dos pontos mais altos da Indonésia. Uma amiga que a acompanha está em contato direto com as equipes de busca.
Natural de Niterói (RJ), Juliana tem 31 anos, é dançarina profissional de pole dance e estava viajando pela Ásia desde fevereiro. Amigos afirmam que ela realizava um sonho ao explorar o continente em um mochilão.
O pai da jovem, Manoel Marins Filho, tenta chegar à Indonésia, mas enfrentou contratempos durante o trajeto. Ele ficou retido no aeroporto de Lisboa após o espaço aéreo do Catar ser fechado devido a tensões geopolíticas na região.
As equipes de resgate continuam mobilizadas em solo, com apoio de drones e equipamentos de alpinismo. Até o momento, não há previsão para a conclusão da operação.