O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (6) os resultados preliminares da amostra do Censo Demográfico 2022 sobre religiões no Brasil. A pesquisa considerou dados de pessoas com 10 anos ou mais de idade, abrangendo todo o território nacional.
As informações foram organizadas em grandes grupos religiosos, detalhadas por sexo, cor ou raça, faixa etária e nível de escolaridade. Os dados estarão disponíveis para o Brasil, regiões, estados, municípios e outros recortes geográficos.
Crescimento das Religiões de Matriz Africana na Região Norte
Um dos destaques foi o crescimento das religiões de matriz africana, como Umbanda e Candomblé, especialmente na Região Norte, entre 2010 e 2022. O percentual de pessoas que se declararam adeptas dessas religiões na região subiu de 0,06% (7.914 pessoas) para 0,30% (43.997 pessoas) nesse período.
Avanço no Estado do Pará
No estado do Pará, esse avanço também foi significativo. Em 2010, 0,08% da população (4.623 pessoas) se identificava com essas religiões. Já em 2022, o número saltou para 0,32% (21.970 pessoas). Entre os municípios paraenses, os maiores percentuais foram registrados em Santa Izabel do Pará (0,98%), Belém (0,81%) e Marituba (0,80%).
O levantamento também revelou diversidade no perfil educacional dos adeptos de Umbanda e Candomblé no estado:
- 26% não tinham instrução ou tinham o ensino fundamental incompleto;
- 14% possuíam o ensino médio incompleto;
- 35% tinham o ensino médio completo ou o ensino superior incompleto;
- 25% completaram o ensino superior.
Perfil Racial dos Praticantes
Quanto à cor ou raça, a maioria se autodeclarou parda (54,5%), seguida por pretos (21,6%) e brancos (23%). Assim, 76,1% dos praticantes no Pará se identificam como pretos ou pardos, refletindo a herança e ancestralidade das religiões afro-brasileiras.