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Colonoscopia: O preconceito atrapalha a prevenção 

A colonoscopia é o exame de rotina indicado para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer colorretal. Saiba mais!

Colonoscopia: O preconceito atrapalha a prevenção  Colonoscopia: O preconceito atrapalha a prevenção  Colonoscopia: O preconceito atrapalha a prevenção  Colonoscopia: O preconceito atrapalha a prevenção 
A colonoscopia é o exame de rotina indicado para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer colorretal. Saiba mais!
A colonoscopia é o exame de rotina indicado para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer colorretal. Saiba mais!

A colonoscopia é o exame de rotina indicado para o diagnóstico precoce e prevenção do câncer colorretal. Nas situações em que não há risco agravado para a doença, quando não há histórico de casos na família, o recomendado é que o primeiro exame desse tipo seja realizado por volta dos 45 anos de idade. A partir daí, se não forem detectadas anormalidades, o exame deverá ser repetido em até 5 anos, ou conforme a orientação do médico. 

Quando há casos de câncer colorretal em parentes de até segundo grau, se recomenda que o primeiro exame seja feito aos 45 anos, ou 10 anos antes da idade que o parente tinha quando recebeu o diagnóstico da doença. Caso não haja anormalidades no resultado, o ideal é repetir o exame a cada 5 anos. 

Quando o resultado do exame aponta adenoma, pequena lesão na superfície do cólon ou do reto, que pode desencadear um câncer, o exame deve ser repetido de forma mais frequente, sendo esta recorrência definida pelo médico responsável pelo paciente.

“O exame preventivo, que identifica e que pode até tratar lesões precoces e iniciais à colonoscopia, mas ainda é um exame que tem muito estigma, muito preconceito”, ressalta a médica do Hospital Ophir Loyola, Danieli Dias. “Os pacientes não devem ter medo desse exame. Muito se fala do preparo, onde se toma o líquido que provoca uma diarreia para poder limpar o intestino. Ele, quando bem executado, é fundamental, porque deixa o intestino bem limpo. Com a colonoscopia, é possível identificar não só as lesões malignas maiores, mas pequenas lesões, que são os pólipos”, complementa.

Danieli Dias frisa que os pólipos são lesões milimétricas, minúsculas. “A colonoscopia é uma câmera que tem uma lente de aumento. Então, a partir da identificação dessas lesões, que algumas são consideradas pré-malignas, elas podem ser retiradas, evitando o desenvolvimento de câncer”, exemplifica.

Os pólipos, que são como se fossem verrugas, são muito frequentes no intestino. “Eles podem ser considerados, a depender do tipo, lesões pré-malignas, pré-cancerosas. Então o exame de colonoscopia identifica essas lesões que no geral são assintomáticas, por isso a necessidade dos exames preventivos, que podem retirar essas lesões prevenindo o desenvolvimento de câncer”, afirma a médica do HOL. 

“Assim como em qualquer idade, a realização da colonoscopia está indicada se o paciente apresentar dor abdominal que não melhora, demais sinais de alarme como sangramento nas fezes, perda de peso, alteração repentina no funcionamento do intestino, prisão de ventre, diarreia, falta de apetite e anemia. São os sinais para buscar ajuda médica e para o seu médico recomendar qual o melhor exame”, informa. Os demais exames são a pesquisa de sangue oculto nas fezes e exames laboratoriais, como o hemograma, onde se pode identificar a anemia.

“É importante buscar ajuda médica em qualquer idade, principalmente em casos de sangramento nas fezes. Nem todo sangramento é câncer, mas todo sangramento deve ser investigado”, alerta. “Além disso, é preciso eliminar os hábitos que podem favorecer o desenvolvimento não só do câncer colorretal, mas de vários tipos de câncer. É ter o autocuidado”, lembra.

Dez coisas importantes que você deve saber sobre a colonoscopia

1 – Prevenção do câncer colorretal

A colonoscopia pode detectar e remover pólipos antes de se tornarem cancerosos, reduzindo em até 90% o risco de câncer. (Fonte: INCA)  

2 – Indicada a partir dos 45 anos  

Pessoas sem fatores de risco devem fazer o exame a partir dos 45 anos. Quem tem histórico familiar deve começar antes. (Fonte: American Cancer Society)

3 – Sedação garante conforto  

 O exame é feito sob sedação, evitando dor. O paciente pode retornar às atividades no dia seguinte. (Fonte: SOBED)  

4 – Preparo é fundamental  

 O intestino deve estar completamente limpo (com dieta líquida e laxantes) para garantir a eficácia do exame. (Fonte: SOBED)  

5 – Duração rápida  

O procedimento leva 20 a 30 minutos, mas requer algumas horas no hospital para preparo e recuperação. (Fonte: Mayo Clinic)  

6 – Detecta doenças além do câncer  

Identifica diverticulite, doença de Crohn, colite ulcerativa e sangramentos ocultos. (Fonte: INCA)  

7 – Risco de complicações é baixo  

Menos de 1% dos casos têm complicações (como sangramento ou perfuração). (Fonte: American Society for Gastrointestinal Endoscopy)  

8 – Repetição conforme resultados  

Se normal, repete em 10 anos. Com pólipos, o intervalo pode ser de 3 a 5 anos. (Fonte: SOBED)  

9 – Cobertura por planos de saúde  

É obrigatório por lei no Brasil para maiores de 45 anos (ANS). No SUS, a disponibilidade varia por região. (Fonte: ANS/ Ministério da Saúde)  

10 – Estilo de vida influencia os riscos  

Obesidade, tabagismo, álcool em excesso e dieta pobre em fibras aumentam o risco de pólipos. (Fonte: World Cancer Research Fund)