A Cacau Show, uma das maiores marcas de chocolate do Brasil, divulgou nesta segunda-feira (2) um comunicado oficial em resposta às recentes denúncias que circulam na internet, envolvendo supostas condições irregulares de trabalho, perseguição a franqueados e práticas consideradas “místicas”.
Denúncias de franqueados e ex-funcionários
Segundo o portal Metrópoles, ex-funcionários e franqueados relataram episódios de perseguição por parte da empresa após manifestações de descontentamento. Entre as alegações, estão o envio de produtos próximos ao vencimento como forma de retaliação e pressões psicológicas relacionadas a normas internas rígidas.
“Seita” ou vivência sensorial?
A polêmica ganhou força com relatos sobre um suposto “Ritual do Cacau”, descrito como um encontro místico onde funcionários, vestidos de branco, tiravam os sapatos e se reuniam em uma sala escura iluminada por velas, onde participavam de cânticos conduzidos por Alê Costa, fundador e CEO da empresa.
A Cacau Show afirma que se trata apenas de uma “vivência sensorial”, promovida como experiência cultural e gastronômica. A participação, segundo a marca, é espontânea e comparável a práticas como a oração do “Pai Nosso”.
“Nada disso fere valores, pelo contrário: reforça o que somos. Uma empresa humana, com alma, que ouve, que caminha junto, que constrói com coragem e verdade”, afirmou a empresa em nota.
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Comunicado oficial nega irregularidades
No comunicado, a Cacau Show classificou as denúncias como “inverídicas” e afirmou que está sendo alvo de ataques injustos à sua reputação e à trajetória construída há mais de 37 anos com “respeito, verdade e coragem”.
“São ataques injustos à nossa história, aos nossos valores e, principalmente, às milhares de pessoas que constroem essa marca com integridade e amor”, diz o texto.
Franquia fechada após denúncias
Apesar da negativa oficial, uma das franquias envolvidas nas denúncias foi fechada. A loja da empreendedora Náira Alvim teve o contrato rescindido e foi lacrada ainda na segunda-feira, segundo a própria relatou nas redes sociais.
“Entraram lá e colocaram as placas de ‘fechado’. Eu soube pelos vizinhos”, disse Naíra, que afirmou estar em processo de transferência da loja devido a dificuldades financeiras.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
