O Clube do Remo voltou de Maceió com mais do que uma simples derrota. No último domingo (1), o Leão Azul perdeu sua invencibilidade na Série B do Campeonato Brasileiro e, de quebra, a vaga no G-4, ao ser derrotado pelo CRB por 2 a 0, em um jogo marcado por uma preocupante ineficiência ofensiva.
Embora o desempenho no primeiro tempo tenha sido abaixo do adversário, o Leão Azul cresceu na etapa final, tomou conta do jogo, criou chances, mas falhou no essencial: o último toque. As estatísticas refletem com clareza o retrato da partida em um verdadeiro ‘open-bar’ de chute torto. Foram 21 finalizações, — nove delas no alvo —, com 57% da posse de bola, sem conseguir balançar as redes sequer uma vez. No mínimo três oportunidades claras foram desperdiçadas, duas delas em condições praticamente do jeito que o matador pede para a consagração.
Uma delas com Felipe Vizeu. O atacante perdeu uma chance clara e vem se tornando peça que, longe de ajudar, tem atrapalhado o funcionamento do setor ofensivo, um jogador perdido do ponto de vista tático-técnico. Os ‘corneteiros’ destacam que com a escalação do atual camisa 9 é vantagem para o adversário visto a sua inofensividade. Ytalo, que entrou no segundo tempo, também teve a chance de mudar o roteiro, ficou cara a cara com o goleiro, mas parou na finalização, reforçando o motivo de estar no banco. Já Pedro Rocha, artilheiro da Segundona, viveu, contra o CRB, seu pior momento desde que chegou ao Baenão. Apesar do saldo positivo na temporada, o camisa 32 desperdiçou três chances, incluindo um pênalti e um lance com o gol escancarado, o que comprometeu a possibilidade de reação azulina.
Sinal de Alerta no Aproveitamento Ofensivo
O momento geral do time ainda é bom. O Leão está a apenas um ponto do G-4, segue competitivo e com desempenho sólido na Série B. No entanto, a sequência recente acende um sinal de alerta em relação ao aproveitamento ofensivo. Salvo a vitória consistente sobre o Vila Nova, por 2 a 0, quando o placar poderia ter sido até mais elástico, o Remo tem acumulado apresentações em que a falta de efetividade cobra preço alto — como na derrota para o Paysandu na final do Parazão, e nos empates contra Volta Redonda e Atlético-GO, em todos os jogos com no mínimo duas boas oportunidades para a corrida para o abraço.
Nas redes sociais, a ‘draga’ não passou batido. O torcedor Ronildo Sávio, destacou. “Se metade das chances fossem bem aproveitadas, sairíamos com os 3 pontos. Série B não pode acontecer esse moles. É recuperar em casa”, disse.
Reação e Eficiência no Próximo Jogo
Agora, o desafio é reagir. O Remo volta a campo no próximo domingo (8), no Mangueirão, em Belém, para enfrentar o Operário-PR, pela 11ª rodada da Série B. Um reencontro com a vitória e, sobretudo, com a eficiência, é o que o torcedor azulino espera.