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Falha de som cancela retorno de Whindersson Nunes aos palcos em Belém

Whindersson Nunes se interna em clínica psiquiátrica em São Paulo
Whindersson Nunes

O que seria uma noite de reencontro entre o comediante Whindersson Nunes e o público paraense, no Ginásio Mangueirinho, em Belém, neste domingo (1º), terminou em frustração e protestos. O humorista precisou cancelar a apresentação devido a problemas técnicos no sistema de som, o que impediu parte do público de ouvi-lo durante o show.

O evento marcaria o retorno de Whindersson aos palcos após cerca de três meses de afastamento, período em que esteve internado voluntariamente em uma clínica psiquiátrica para tratar questões relacionadas à saúde mental. O cancelamento inesperado foi ainda mais simbólico, considerando a carga emocional que o retorno representava tanto para o artista quanto para seus fãs.

Um retorno aguardado por milhões

Conhecido por sua trajetória meteórica no humor e por sua franqueza com os seguidores, Whindersson Nunes tem usado suas redes sociais para falar abertamente sobre saúde mental, depressão, ansiedade e os impactos da fama. Só no Instagram, o comediante acumula quase 58 milhões de seguidores, e soma mais de 100 milhões em todas as plataformas.

Multifacetado, o artista já atuou como cantor, compositor, ator, roteirista e até pugilista, participando de grandes eventos como o Rock in Rio. Mas foi na comédia que se tornou um ícone nacional, com apresentações lotadas em todo o Brasil e no exterior.

“A saúde mental é uma caminhada eterna”, diz Whindersson

Na divulgação do espetáculo, Whindersson explicou que o show — que carrega o mesmo nome de um de seus projetos anteriores — não é um culto, como o título poderia sugerir. “Eu conto sobre a minha internação e sobre saúde mental. O show tem esse nome porque parece com meu show antigo, mas não tem nada de religião envolvida”, escreveu o humorista em suas redes.

Em uma das interações com os fãs, foi questionado se já se considerava curado. Em resposta, foi honesto: “Acho que a caminhada da saúde mental é eterna, porque tudo o que eu tenho procurado desde sempre até hoje é me entender. Quanto mais eu me entendo, mais eu me conheço e melhor eu consigo tratar o que eu tenho”.

Durante o tempo na clínica, compartilhou relatos sobre a rotina no local e como esse período foi importante para reencontrar a si mesmo, num ambiente onde, segundo ele, havia “mais honestidade entre os pacientes”.

Frustração em Belém e silêncio da produção

A falha no sistema de som no Mangueirinho comprometeu a experiência do público desde os primeiros minutos. Apesar das tentativas de Whindersson de manter a apresentação, as queixas se intensificaram e ele precisou deixar o palco. A produção do evento ainda não se manifestou oficialmente sobre reembolso ou nova data para o show, o que tem gerado críticas nas redes sociais.

Fãs, que chegaram ao local horas antes e esperavam ansiosos pelo espetáculo, relataram nas redes a decepção e a falta de respostas imediatas. Enquanto isso, muitos torcem para que Whindersson volte em breve à capital paraense — desta vez, com o som funcionando e pronto para o reencontro que ficou adiado.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.