O governador do Pará, Helder Barbalho, anunciou nesta segunda-feira (26) que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concedeu a Licença de Instalação nº 1518/2025, autorizando o início das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins.
A licença refere-se à segunda etapa da Via Navegável do Rio Tocantins, em um trecho de 35 quilômetros entre Santa Teresinha do Tauiri e a Ilha do Bogéa, no estado do Pará. A autorização também inclui a instalação dos canteiros de apoio, áreas industriais e depósito de explosivos.
💡 O que será feito?
A obra, sob responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), envolve duas grandes intervenções:
- Dragagem: remoção de sedimentos do fundo do rio.
- Derrocamento: explosão e retirada de formações rochosas que impedem a navegação.
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A expectativa é que, com a conclusão da obra, seja possível viabilizar o transporte de 20 a 60 milhões de toneladas de carga por ano, reduzindo custos logísticos e impulsionando a economia da região Norte.
🗺️ O que é o Pedral do Lourenço?
O Pedral do Lourenço é uma formação rochosa de aproximadamente 43 km, localizada no município de Itupiranga, entre Marabá e Tucuruí, no sudeste paraense. Essas rochas dificultam a navegação no Rio Tocantins, especialmente durante o período de estiagem.
🔧 Etapas da obra da Hidrovia do Tocantins:
- Dragagem de 52 km do rio entre Marabá e Itupiranga;
- Derrocamento de 35 km de rochas entre Santa Terezinha e a Ilha do Bogéa (licença recém-liberada);
- Nova dragagem em 125 km de rio entre Tucuruí e Baião.
🌊 Importância da Bacia Tocantins-Araguaia
A Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia é uma das maiores do Brasil, estendendo-se pelos estados do Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão e o Distrito Federal. Seus principais rios — Tocantins e Araguaia — são estratégicos para o transporte fluvial e para o desenvolvimento econômico sustentável da região Centro-Norte do país.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
