Com a proximidade das festas juninas, a tradição das comidas típicas volta a movimentar os lares e os espaços de comercialização em Belém. No entanto, quem pretende preparar ou vender iguarias juninas em 2025 deverá sentir o peso no bolso. Segundo levantamento do DIEESE/PA, os preços dos principais ingredientes utilizados nesse período subiram consideravelmente nos últimos 12 meses, com reajustes que, em alguns casos, superam os 17%, bem acima da inflação acumulada no período, estimada em 5,5%.
A pesquisa, realizada entre os dias 19 e 22 de maio de 2025 nas principais redes de supermercados da Grande Belém, revela aumentos expressivos em diversos itens in natura utilizados no preparo de pratos típicos como mungunzá, pamonha, vatapá, tacacá e bolo de milho.
Entre os destaques, o azeite de dendê (garrafa de 200 ml da marca Real) teve alta de 17,24%, passando de R$ 4,64 para R$ 5,44. O leite de coco Sococo (500 ml) subiu 16,57%, enquanto o fubá de arroz Mariza (400g) teve reajuste de 13,65%. Outros produtos que registraram aumentos expressivos foram o coco ralado (+9,98%), a canjiquinha (+8,32%) e o leite condensado Nestlé (+7,93%).
Veja a seguir os principais itens com alta:
Por outro lado, alguns itens apresentaram queda nos preços. O milho branco para mingau (Real, 500g) teve redução de 13,69%, e o milho para pipoca (Real, 500g) caiu 10,81%. O amendoim in natura (Mariza, 500g) também ficou 2,90% mais barato.
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Impacto dos Aumentos nos Insumos Juninos
Os dados fazem parte de uma série histórica do DIEESE/PA, que há mais de duas décadas acompanha o comportamento de preços dos itens relacionados às festas juninas em Belém. Além dos itens destacados, a entidade também observou aumentos significativos em produtos como goma e farinha de tapioca, camarão, maniva e jambu, reforçando que a alta nos insumos pode impactar diretamente no preço final das comidas típicas vendidas ao público.
Recomendações para Economizar nas Compras Juninas
O supervisor técnico do DIEESE/PA, Everson Costa, alerta ainda que as diferenças de preços entre marcas e locais de compra podem ultrapassar 15%, o que reforça a importância da pesquisa de preços como estratégia para economizar.
“Mesmo diante dos aumentos, é possível encontrar boas oportunidades no mercado. Pesquisar continua sendo essencial para garantir o sabor da tradição sem comprometer o orçamento familiar”, destacou.
