A trajetória do atacante Adaílton no Remo é curiosa. Depois de nove temporadas no futebol japonês, ele voltou ao Brasil quase como desconhecido para a torcida azulina, que teve que pesquisar sobre seus momentos ainda no Fortaleza-CE, principalmente. A força física e técnica e os gols no início do ano fizeram logo com que ele virasse uma espécie de xodó do Fenômeno Azul, que pedia constantemente sua presença na equipe titular. Mas, tanto com Rodrigo Santana e, posteriormente, com Daniel Paulista, a justificativa era de que seria preciso que ele entrasse em forma.
O jogador percebeu e esperou sua chance. Quando pôde jogar desde o começo, ainda no Parazão, ficou provado que ainda não estava apto para tanto. Agora, depois que Paulista mudou a forma do time jogar, novamente com dois homens de frente, ele vem sendo titular já há dois jogos seguidos e sendo um destaque da equipe.
Segundo Adaílton, essa é a chance que esperava de poder começar as partidas para, inclusive, se condicionar mais e ganhar maior ritmo de jogo. Neste sábado, contra o Volta Redonda-RJ, provavelmente ele estará lá entre os titulares, mais uma vez para tentar confirmar que pode ser titular absoluto do Leão Azul.
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“Quando eu cheguei sempre falei que tem que ter ritmo de jogo para poder melhorar a cada dia. Acho que essas duas partidas eu tenho melhorado muito. Na primeira você sente um pouquinho, mas nessa segunda já me senti bem melhor. Eu acho que a cada jogo que vai passando o rendimento vai melhorando muito mais. Eu vou dar sempre o meu melhor para poder ajudar mais a equipe”, disse. “A gente treina muito, só que o ritmo de jogo é só no jogo, não tem jeito. Acho que se você tiver condições de jogo e poder estar iniciando, tendo a sequência, com certeza vai melhorar seu rendimento. Então, acho que é continuar trabalhando para poder estar sempre jogando e ajudando mais a equipe”, completou o atacante.
Desempenho e adaptação no Remo
Ao falar de seu próprio desempenho recente, Adaílton defendeu a qualidade dos companheiros que estão ao seu lado, destacando isso como resultado de performances individuais. “Todos os jogadores que estão aqui têm capacidade de estar jogando. O ambiente aqui é muito bom, todos os jogadores aqui, independente da idade, todos estão se dedicando, todo mundo está trabalhando igual. O nosso melhor jogador é o grupo”.
Curiosamente, estes dois últimos jogos foram os únicos do jogador como homem de referência de Adaílton desde que foi contratado pelo Remo, já que no futebol asiático ele vinha atuando mais como um atacante aberto pelas pontas. “Quando eu iniciei minha carreira eu era centroavante. Só que aí, depois do Japão, eu vi que poderia jogar pelas beiradas. E agora eu estou podendo jogar mais por dentro. Eu acho que é adaptação, a cada jogo você vai se adaptando. Estou mais próximo do gol e eu acho que eu vou poder crescer muito mais aí no campeonato”.
