Kenya Sade, 32, está há pouco mais de três anos na Globo, mas já se firmou como o principal nome das transmissões musicais da emissora. A participação dela é tão constante em eventos como o show de Lady Gaga em Copacabana e em festivais como Rock in Rio, Lollapalooza e The Town que ninguém imagina que seu sonho profissional é outro.
“Ainda acho que temos uma longa caminhada a percorrer, mas penso, talvez futuramente, em ter um programa de auditório”, diz a jornalista especialista em música, que é paulistana de Itaquera (zona leste de São Paulo). “Felizmente, agora a gente pode sonhar”, destaca.
Kenya se refere ao recente protagonismo que os negros vêm ganhando em várias áreas da emissora. “As pessoas sabem que, hoje, é necessário ter pessoas negras na televisão, e esse foi um espaço conquistado com muita luta, ao longo de anos, por muitos de nós”, comenta. “A estrada ainda é longa, e a gente não pode parar. Temos que continuar na luta.”
A paixão pela música
Mesmo visando outros voos, a apresentadora afirma que nunca cansa de falar de música, algo que ela considera um de seus maiores prazeres. “Você sabia que o Brasil é um dos países que mais ouvem música?”, pergunta, já puxando o assunto. “Uma pesquisa recente mostrou esse dado, e a música é um conector de todos os públicos -esquerda, direita, preto, branco. Para mim, a música é esse lugar de conexão.”
E o que toca na playlist dela quando não está trabalhando? “Sou muito eclética, gosto de tudo. Mas eu adoro música popular brasileira. Amo Milton Nascimento, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elza Soares, Djavan e Chico Buarque. Também gosto muito de samba”, detalha. “Sou essa mulher que, acima de tudo, valoriza muito o que a gente faz por aqui.” (Ana Cora Lima)