OUTRO LADO

‘Nunca fui arrogante’: gerente demitido rebate acusações de padre Fábio de Melo

Jair José Aguiar da Rosa, de 36 anos, ex-gerente da cafeteria Havanna em Joinville (SC), afirma ter sido demitido sem justa causa após uma situação envolvendo o padre Fábio de Melo.

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O padre Fábio de Melo usou as redes sociais nesta sexta-feira (30) para publicar uma mensagem enigmática sobre perdão, sem citar diretamente o episódio
O padre Fábio de Melo usou as redes sociais nesta sexta-feira (30) para publicar uma mensagem enigmática sobre perdão, sem citar diretamente o episódio

Jair José Aguiar da Rosa, de 36 anos, ex-gerente da cafeteria Havanna em Joinville (SC), afirma ter sido demitido sem justa causa após uma situação envolvendo o padre Fábio de Melo. Segundo Jair, o episódio foi um mal-entendido que acabou sendo atribuído a ele injustamente, mesmo sem qualquer interação direta com o religioso.

Ele diz estar em choque com a repercussão nacional do caso e acusa a empresa de usá-lo como “bode expiatório” para proteger a imagem da marca. “Até sábado, eu era um trabalhador comum. Agora sou notícia no país inteiro. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil jogaram toda a culpa em mim para preservar o nome da marca”, afirmou em entrevista ao portal Metrópoles.

O que aconteceu?

De acordo com Jair, a confusão começou quando um acompanhante do padre — e não o próprio Fábio de Melo — pegou dois potes de doce de leite em uma prateleira com o preço indicado de R$ 43,90. No caixa, no entanto, foi cobrado o valor de R$ 61,90 por unidade.

Chamado pela atendente para resolver o impasse, Jair diz ter verificado que a placa com o preço indicado estava mal posicionada, embora o valor correto estivesse indicado. Ele afirma ainda que o erro se deve à padronização das prateleiras, que não exibem o nome dos produtos — apenas os preços —, o que pode causar confusão.

“Não foi o padre quem fez o pagamento, e sim o rapaz que estava com ele, vestindo uma regata vermelha. No vídeo dá pra ver que é ele quem questiona o valor. O padre apenas o acompanhava”, explicou.

O ex-gerente também nega ter sido ríspido na abordagem e garante que seguiu o protocolo da franquia. “Não disse que estava errado, apenas que o preço estava colocado em outro ponto. E, como os preços não têm identificação de produto, não era responsabilidade minha. Isso é padrão da Havanna Brasil.”

Versão do padre e posicionamento da empresa

O padre Fábio de Melo comentou o episódio, dizendo que não criou confusão, mas que o gerente teria agido com arrogância. Ele apenas teria alertado sobre a obrigação legal de cumprir o preço informado na prateleira, mesmo que incorreto.

Já a rede Havanna informou, por meio de nota oficial, que está apurando o ocorrido e confirmou que o funcionário não faz mais parte da equipe da unidade de Joinville.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.