ALIMENTOS

Os melhores acompanhantes do café

Para quem curte tomar um café da manhã fora de casa, a tapioca e o cuscuz aparecem como opções de acompanhamento quase irresistíveis.

BELEM-PARA-BRASIL-13-05-2025-( FOTOS ANTONIO MELO ( VENDAS-TAPIOCA-CUSCIZ-ID-927885)( JOSE MARIA CARDOSO-63, PROPIETARIO DA TAOIOCARIA,DOM ZECA S,NA PEDRO MIRANDA)
BELEM-PARA-BRASIL-13-05-2025-( FOTOS ANTONIO MELO ( VENDAS-TAPIOCA-CUSCIZ-ID-927885)( JOSE MARIA CARDOSO-63, PROPIETARIO DA TAOIOCARIA,DOM ZECA S,NA PEDRO MIRANDA)

Pará - Simplicidade que alimenta corpo, alma e memória afetiva. A tapioca e o cuscuz, dois ícones do café da manhã, seguem firmes na preferência popular e ganham cada vez mais espaço em pontos de venda espalhados pela cidade. Do tradicional com manteiga ao ousado recheio de jambu com amendoim, esses pratos típicos se reinventam sem perder o sabor da raiz nordestina e nortista que os sustenta.

Na avenida Rômulo Maiorana, entre as travessas Perebebuí e Pirajá, a cozinheira Mirley Paula, de 39 anos, comanda o fogão do Point do Café há cerca de um ano. Lá, os sabores tradicionais dividem espaço com combinações mais encorpadas. Segundo ela, o consumo varia de acordo com o dia da semana. “Aqui, geralmente, sai mais tapioca durante a semana, mas no final de semana o cuscuz ganha disparado. O pessoal gosta muito da tapioca molhada com leite de coco e do cuscuz tradicional. Mas o cuscuz com ovo também é muito pedido”, contou. Os preços acompanham a variedade: as tapiocas vão de R$6 a R$15, dependendo do recheio – como a ‘x-tudo’, que leva bacon, salame e outros ingredientes, no topo da lista. Já o cuscuz, que começa em R$10 no formato simples, pode chegar a R$15 nas versões incrementadas.

“De segunda a sexta, a tapioca lidera nas vendas, mas acredito que o cuscuz vende até mais do que o próprio pão. Aos domingos, por exemplo, a saída nas primeiras horas é grande, só do tradicional chega a sair uns 10”, revelou Mirley.

Referência

Já na avenida Pedro Miranda, o Dom Zeca’s Tapiocaria virou ponto obrigatório para quem busca opções além de saborosas, mas também criativas. Seu José Maria Cardoso, de 63 anos, está no ramo há nove anos e transformou a tapiocaria em referência na Pedreira. “Quando eu comecei, era só com 27 sabores. Hoje tenho mais de 200, porque fui testando o que o povo gostava. Graças a Deus, deu certo. Hoje vêm pessoas de fora do Estado só para comer aqui”, disse. Ele não esconde a paixão pelo que faz e a preocupação com cada detalhe da receita.

“A cozinha, para mim, é uma terapia”. Há também a tapioca ‘sem nada’, que é a sem recheio, muito procurada por quem frequenta academia, lembra Zeca. Mas, entre os segredos nas preparações, estão as que precisam de recheios. “Meu frango, por exemplo, eu deixo marinando do dia para o outro; uso limão galego e finalizo na chapa com azeite. É tudo bem pensado para ficar saboroso”, explicou.

Entre suas criações, fora do comum, que é a tapioca com manteiga, está a tapioca de doce de amendoim com jambu, custando R$12,50. “Eu queria algo agridoce, que fosse diferente. A ideia veio de um garotinho que só comia tapioca de amendoim. Misturei com jambu e nasceu essa tapioca exótica. E tem gente que vem aqui só por ela”, contou. No cardápio, também se destaca o cuscuz ‘à moda do Zeca’, com queijo provolone defumado, queijo cuia e frango na chapa.

Preferências

Quem consome também tem suas preferências. A dona de casa Silene Cardoso, de 61 anos, costuma escolher a tapioca como primeira opção no café da manhã. “Gosto da tapioca molhadinha com leite de coco. É leve, me sustenta”. Mas, para ela, o cuscuz com manteiga também tem vez. “É maravilhoso também. Eu prefiro o de milho. Nossa, muito bom”, comentou.