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Explosão no preço do açaí: litro atinge R$ 60 em Belém

As pesquisas mais recentes realizadas pelo DIEESE/PA mostram que o preço médio do litro de açaí voltou a subir no mês de abril de 2025.

As pesquisas mais recentes realizadas pelo DIEESE/PA mostram que o preço médio do litro de açaí voltou a subir no mês de abril de 2025.
As pesquisas mais recentes realizadas pelo DIEESE/PA mostram que o preço médio do litro de açaí voltou a subir no mês de abril de 2025. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

As pesquisas mais recentes realizadas pelo DIEESE/PA mostram que o preço médio do litro de açaí voltou a subir no mês de abril de 2025, marcando o quarto aumento consecutivo no ano. A variação acumulada entre janeiro e abril é expressiva: o açaí do tipo médio teve um reajuste de 54,48%, enquanto o tipo grosso registrou alta de 55,94% no mesmo período.

Em abril de 2025, o litro do açaí do tipo médio foi vendido, em média, a R$ 35,50, valor superior aos R$ 34,82 registrados em março. Já em abril do ano passado, o mesmo produto custava R$ 33,77. Desde o início do ano, os valores passaram por aumentos sucessivos: R$ 26,02 em janeiro, R$ 29,43 em fevereiro, até atingir os atuais R$ 35,50. O aumento só no último mês foi de 1,95%.

No caso do açaí tipo grosso, o aumento em abril foi ainda mais significativo: 4,47% em relação a março. O produto, que era comercializado a R$ 49,87 em março, passou a custar R$ 52,10. Em abril de 2024, o preço médio era R$ 48,63, resultando em uma alta de 7,14% nos últimos 12 meses.

Análise do Preço do Açaí em Abril de 2025

As pesquisas apontam que os preços variam bastante dependendo do local de compra. Na última semana de abril, os valores do açaí do tipo médio foram:

  • Feiras livres: R$ 20,00 a R$ 32,00
  • Supermercados: R$ 34,00 a R$ 40,00

Já o açaí tipo grosso foi encontrado por:

  • Feiras livres: R$ 45,00 a R$ 60,00
  • Supermercados: R$ 48,00 a R$ 52,00

Expectativas e preocupações

Com o fim da entressafra se aproximando, cresce a expectativa de que os preços do açaí voltem a cair. No entanto, o DIEESE alerta para a influência da especulação comercial na composição dos preços, além de fatores sazonais.

Diante disso, o instituto reforça a necessidade de maior regulação da cadeia de produção e distribuição do açaí, com investimentos e políticas públicas que ampliem a oferta, garantam qualidade e assegurem preços justos à população paraense.