SEGURANÇA PÚBLICA

Homicídios caem 25% no Pará em uma década, aponta Atlas da Violência

Em 2013, o Pará contabilizou 3.404 assassinatos. Já em 2023, esse número caiu para 2.542, segundo o Atlas.

Homicídios caem 25% no Pará em uma década, aponta Atlas da Violência Homicídios caem 25% no Pará em uma década, aponta Atlas da Violência Homicídios caem 25% no Pará em uma década, aponta Atlas da Violência Homicídios caem 25% no Pará em uma década, aponta Atlas da Violência
Em 2013, o Pará contabilizou 3.404 assassinatos. Já em 2023, esse número caiu para 2.542, segundo o Atlas.
Em 2013, o Pará contabilizou 3.404 assassinatos. Já em 2023, esse número caiu para 2.542, segundo o Atlas. Foto: Agência Pará

O Brasil registrou uma queda de 20,3% no número de homicídios entre 2013 e 2023, segundo dados do Atlas da Violência, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estudo revela que o Pará acompanha essa tendência, com uma redução de 25,3% no número de homicídios no mesmo período. Apenas entre 2022 e 2023, o estado apresentou uma queda de 12,4%.

Em 2013, o Pará contabilizou 3.404 assassinatos. Já em 2023, esse número caiu para 2.542, segundo o Atlas. A redução é atribuída principalmente aos investimentos em segurança pública realizados pelo Governo do Estado nos últimos anos.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), a atual gestão vem obtendo resultados expressivos nos últimos sete anos, o que tem rendido reconhecimento nacional pelas políticas públicas adotadas. Para o titular da Segup, Ualame Machado, a redução dos índices de criminalidade é fruto de uma atuação coordenada.

“O combate à criminalidade é uma constante no nosso trabalho. O resultado vem da união entre o policiamento ostensivo, ações de inteligência e os investimentos robustos do Estado. Nosso objetivo é manter essa tendência de queda e garantir mais segurança e paz social à população paraense”, afirmou Machado.

Queda entre jovens é ainda mais acentuada

O Atlas também destaca a redução da violência entre jovens no Pará. Entre 2022 e 2023, o estado registrou queda de 13,5% na taxa de homicídios por grupo de 100 mil habitantes. Já entre jovens de 15 a 29 anos, a diminuição foi ainda mais significativa: 17,3% em apenas um ano. Considerando o período de dez anos (2013 a 2023), a queda nos homicídios dessa faixa etária chega a 32,6%.

Essa tendência é reforçada pelo dado de que 47,8% das vítimas de homicídios no Brasil em 2023 estavam entre 15 e 29 anos, e que 94% eram do sexo masculino. A taxa de homicídio entre pessoas negras também segue alarmante: 28,9 por 100 mil habitantes, contra 10,6 para os demais grupos populacionais.

Fatores nacionais para a queda

Em nível nacional, o estudo aponta outros fatores que contribuem para a redução dos homicídios no país:

  • O envelhecimento da população brasileira, iniciado nas regiões Sul e Sudeste e que agora chega ao Norte e Nordeste, o que reduz o número de jovens — principais vítimas e autores de homicídios.
  • Um pacto de não agressão entre as principais facções criminosas do país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.
  • Mudanças nas políticas estaduais de segurança pública, com o abandono de modelos baseados apenas em policiamento ostensivo e uso da força. Em seu lugar, vêm sendo adotadas estratégias baseadas em gestão por resultados, inteligência policial e programas de prevenção à violência.

Os dados do Atlas da Violência são baseados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, o que pode gerar divergências com as estatísticas criminais das secretarias estaduais.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.