
O primeiro clássico da final do Parazão foi muito gostoso de ver. Vibrante, deixou excelente impressão pela intensidade e, principalmente, pela disposição competitiva dos times. Momentos de emoção encantaram e eletrizaram a torcida, bem ao contrário do sonolento empate do Re-Pa da fase de classificação. Disputado em alta velocidade, o jogo mostrou times dedicados a buscar o gol a qualquer custo. O Remo se saiu melhor, conseguiu vencer por 3 a 2, abrindo uma importante vantagem na decisão. As circunstâncias, porém, permitiram ao PSC sair de campo confiante e esperançoso.
As tensões próprias do jogo mais disputado do planeta forçam o torcedor a não relaxar em nenhum momento. Todo lance traz sempre a promessa de um desfecho que pode ser decisivo. É um diferencial importante do clássico, amplificado pelo barulho e a empolgação das torcidas.Não espanta que os dois técnicos, nas entrevistas pós-jogo, tenham expressado o encantamento com a atmosfera da partida. Poucos confrontos têm essas características no futebol brasileiro atual.
Nesse sentido, muito mais do analisar o comportamento dos times, é oportuno avaliar as diferentes percepções que Daniel Paulista e Luizinho Lopes revelam sobre a maneira de encarar um duelo tão equilibrado.
Derrotado, mas não desesperançado, Luizinho destacou virtudes que podem ter sido ignoradas pelos observadores mais distraídos. Registrou o fato de que o PSC cometeu praticamente o dobro de faltas do Remo. Não é uma ode ao jogo violento, mas a constatação de uma postura mais decidida.Como a vitória foi do Leão, pode parecer que o elogio à prática de tantas faltas foi um deslize. Não.
O técnico quis acentuar um traço da tradicional raça alviceleste, que normalmente se agiganta em momentos decisivos. Demonstrando familiaridade com as tradições do clube, Luizinho armou um time disposto a brigar por cada metro do campo.
Daniel Paulista, que estreou no clássico e conquistou logo uma vitória, expôs uma atitude contida, talvez até para evitar oba-oba, escaldado pela lambança de Pavani no lance que quase mudou a história do jogo.
As declarações evidenciam ainda uma diferença na forma de ver o jogo, o que acaba por se estender ao desempenho das equipes. Luizinho parece convicto de que o caminho das pedras é invocar a alma guerreira do Papão.Daniel parece compreender a importância do jogo, mas não alcança a grandiosidade épica do clássico.
Os deslizes cometidos – entradas inoportunas de Thalys e Kadu – revelam um distanciamento excessivamente frio. A marcação frouxa executada pelos azulinos também indicam certo descompromisso com as exigências de uma final.Essas impressões podem não ter nenhuma consequência para o duelo final no domingo, mas dizem muito da identificação dos treinadores com os clubes e a maneira como ambos entendem a paixão maior dos paraenses. E isso pode fazer toda diferença na hora decisiva.
Oberdan assume pastas de cultura e esporte em Baião
O amigo Oberdan Bendelac assumiu nesta semana o cargo de secretário de Cultura, Esporte e Turismo de Baião. A nomeação é um acontecimento auspicioso para as atividades culturais e esportivas desenvolvidas no município.Ex-atleta, com marcante passagem pelo PSC, onde conquistou o Campeonato Brasileiro da Série B em 1991, Oberdan tem conhecimento e experiência para contribuir com a formação de atletas e o incremento do esporte em Baião.
Campeonato Brevense terá jogos noturnos
Um tradicional centro esportivo do Arquipélago do Marajó ganha incentivo de R$ 130 mil para retornar com as atividades oficiais. Trata-se do município de Breves, cujo prefeito, Xarão Leão, assinou convênio na terça-feira (6) destinando a verba para a realização do campeonato municipal.
Os jogos estão previstos para a Arena Marajó, que foi revitalizada e agora dispõe de iluminação para programações noturnas.A assinatura do convênio entre a Liga Municipal, representada pelo presidente Lúcio Garcia, e a Prefeitura de Breves visa abrilhantar e reerguer o futebol da região com a realização do campeonato brevense.
A comparação que incomoda e faz pensar
“Nossos times jamais terão elencos como os de Inter e Barça. Mas poderiam se inspirar na cultura de espetáculo da Champions: futebol ofensivo, sem cera e quase sem simulação, arbitragem decente (passível de erros), agilidade no VAR, gramado perfeito. Ajudaria a não parecer outro esporte esse que praticamos por aqui”. André Rizek, jornalista.