SAÚDE

Casos de malária crescem no Norte; alerta para prevenção

A malária é uma infecção potencialmente grave transmitida pela picada do mosquito Anopheles, com maior incidência na região Norte do Brasil.

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A malária é uma infecção potencialmente grave transmitida pela picada do mosquito Anopheles, com maior incidência na região Norte do Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Uma pesquisa realizada pela empresa SC Johnson, fabricante de repelentes, apontou que 22% dos brasileiros desconhecem a forma de transmissão, prevenção, sintomas e opções de tratamento da doença. Apesar de menos frequente nos centros urbanos, a malária segue endêmica na Amazônia. 

Responsável pela transmissão do parasita, o mosquito Anopheles tem hábitos noturnos e é mais comum em regiões rurais e de mata, onde deposita os ovos diretamente na água limpa. Conforme divulgação recente do Ministério da Saúde, na última sexta-feira (25), foram registradas 27.186 ocorrências da malária só em 2025, com a região amazônica concentrando 99% das transmissões. No ano anterior foram 138.465 casos registrados da doença. Apesar dos avanços sobre a prevenção, a doença continua a ser uma ameaça à saúde pública. 

Segundo o levantamento da SC Johnson, o nível de conhecimento sobre a Malária varia bastante entre as regiões brasileiras. No Centro-Oeste, por exemplo, 30% dos entrevistados declaram ter alto conhecimento de informação dos sintomas e formas de prevenção, o maior índice entre as regiões. Por outro lado, os moradores do Sul do país acumulam o maior percentual de desconhecimento sobre a doença, já que 26,44% afirmam conhecer apenas o nome “malária”. 

Embora a recente queda de casos de dengue em algumas regiões após um ano de alta recorde, a malária continua presente em áreas específicas do país. A pesquisa aponta que cerca de 1 a cada 10 brasileiros, cerca de 10,68%, afirma já ter contraído ou tem familiares que contraíram a doença. Na região Norte, o número chega a 29,41%, enquanto no Centro-Oeste o percentual é de 16,76%. 

TRANSMISSÃO

A malária é transmitida exclusivamente pela picada do mosquito fêmea do Anopheles, através dos parasitas do gênero Plasmodium. Os sintomas mais comuns estão relacionados a febre alta, calafrios, dor de cabeça, cansaço, náusea e suor excessivo, podendo ocorrer dores musculares e vômitos. Nesse caso, o diagnóstico laboratorial é essencial para identificar e diferenciar a doença de outras infecções semelhantes. Em contrapartida, o tratamento depende do tipo de parasita e da gravidade do quadro do paciente, comumente realizado com medicamentos antimaláricos disponíveis gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS).

Entre as formas de prevenção, recomenda-se o uso de repelentes adequados, roupas de manga longa e, assim que possível, o uso de mosquiteiros, principalmente em viagens a regiões com maior incidência da doença. Os produtos repelentes devem ser reaplicados conforme orientação do rótulo, respeitando a indicação da idade mínima, as formas de uso e a concentração do princípio ativo. Além disso, entender os hábitos dos vetores auxilia nos cuidados e colabora para métodos preventivos mais eficazes. 

+INFO:

A pesquisa foi encomendada pela SC Johnson e conduzida de forma independente com 1.067 brasileiros. Entre as condições de participação, os indivíduos deveriam ter mais de 18 anos e ter utilizado repelente nos últimos 12 meses. O estudo foi realizado online entre março e abril de 2025.