ANÁLISE

Gerson Nogueira: Remo comemora empate com sabor de vitória

Com um jogador a menos (Maxwell saiu lesionado e não podia mais ser substituído), o Remo partiu com tudo para cima do Criciúma nos 15 minutos finais.

O Clube do Remo protagonizou um empate emocionante na noite desta sexta-feira, contra o Criciúma, em duelo válido pela quinta rodada da Série B. Foto: Samara Miranda/Remo
O Clube do Remo protagonizou um empate emocionante na noite desta sexta-feira, contra o Criciúma, em duelo válido pela quinta rodada da Série B. Foto: Samara Miranda/Remo

Com um jogador a menos (Maxwell saiu lesionado e não podia mais ser substituído), o Remo partiu com tudo para cima do Criciúma nos 15 minutos finais disposto a empatar a qualquer custo. Perdido por um, perdido por mil. Batalhou incansavelmente e foi recompensado com o gol aos 47 minutos. Gol de raça, marcado por Reynaldo, de cabeça.

A verdade é que o jogo não merecia outro resultado. O equilíbrio predominou. O Remo começou melhor, botou uma bola na trave, com Janderson e teve uma grande chance com Pedro Rocha.

O Criciúma ajustou suas linhas e passou a fustigar, sempre cruzando na área em busca de Neto Pessoa. O Remo resistiu bem. Klaus e Reynaldo cortavam todas e a cobertura funcionava com Pavani e Caio Vinícius.

Aí veio o 2º tempo e o Remo voltou a dormir no ponto, como havia acontecido em Ribeirão Preto, contra o Botafogo. Logo a 1 minuto, uma jogada rápida pela direita fez a zaga dar rebote, Neto Pessoa rolou para Morelli, que chutou rasteiro, no canto, sem chances para Marcelo Rangel.

No afã de empatar, o Remo se lançou ao ataque e chegou a empatar. Após cruzamento de Sávio, Felipe Vizeu tocou para as redes. Estava impedido e o gol foi anulado. A pressão permaneceu. Pedro Rocha bateu rasteiro, mas Marcelo Hermes salvou em cima da linha. Pedro Castro substituiu Pavani e ajudou a reforçar a troca de passes na área central.

Um cochilo quase pôs tudo a perder. A zaga abriu e Jonathan entrou livre, mas Marcelo Rangel fechou o ângulo e impediu em dois tempos o segundo gol. Logo depois, uma mexida radical: Maxwell, Adailton, Pedro Costa e Ytalo substituíram Janderson, Klaus, Marcelinho e Felipe Vizeu.

Em lance violento (que o árbitro não marcou nem falta), Maxwell se lesionou na primeira jogada e teve que sair. O Remo já havia feito as cinco substituições e o jeito foi seguir com 10. Nesse momento, o esforço do time em busca do gol fez toda a diferença.

Sávio e Adailton avançavam pelos lados e cruzavam na área, criando desassossego na zaga catarinense. A bola chegou a bater no braço de um defensor, mas o árbitro ignorou.

Aos 47’, em escanteio batido por Sávio, a bola foi lançada na área e Reynaldo subiu mais que a zaga colocando a bola no fundo do barbante. Bom resultado, invencibilidade mantida e certeza de novo recorde de público no próximo sábado, contra o Manaus, no Mangueirão.

Papão e a Busca pela Redenção

A atmosfera mudou por completo. O que antes era desânimo e crise virou esperança e empolgação. O PSC, pentacampeão da Copa Verde, recebe o CRB no Mangueirão com previsão de grande público. O astral positivo é o combustível para a recuperação dentro da Série B.

Com uma vitória, o Papão sai do Z4. Ocupa hoje a 18ª posição e precisa reagir na competição. Como se imaginava, a conquista da Copa Verde pode significar a mudança de chave, abrindo caminho para um recomeço no Brasileiro.

É o que todos esperam, a começar pelo torcedor, finalmente com motivos para comemorar. O time que despertava desconfianças passa a ser observado de outra maneira. Readquiriu credibilidade após a heroica partida diante do Goiás, no Serra Dourada.

A partir do que se viu na noite encantada de quarta-feira, Luizinho Lopes deve manter Benítez no ataque, ao lado de Rossi e Borasi. A exceção é PK, novamente mal e irritando a torcida. O herói Matías Cavalleri pode entrar na etapa final, pelo menos para receber os aplausos da Fiel.    

Outras Notícias Esportivas

Guilherme Guerreiro comanda o programa, que começa às 23h, na RBATV. Em pauta, o pentacampeonato bicolor na Copa Verde e a 5ª rodada da Série B. Participação de Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

A Emoção da Copa Verde

A amiga jornalista Syanne Neno, torcedora apaixonada do Paysandu, abriu o coração após a sensacional vitória na Copa Verde. Em noite de pura inspiração, produziu o texto “Teu destino é levantar troféus”, onde expressa todo o amor que devota ao time. Aqui, um pequeno trecho:

“Amigos, eis a verdade: quando o Paysandu foi criado, em uma dissidência do rival, foi carimbado pela mística de uma centelha divina. Uma predestinação para o triunfo, para a glória de ser campeão. Mesmo quando parece não querer, quando na teoria o time vem abalado por uma má fase, essa centelha predestinada faz a diferença no jogo final”, pontua.

“O gol de empate, em estádio abarrotado de torcedores do adversário Goiás, foi nos descontos. Veio a cardíaca decisão por pênaltis. Moralmente em vantagem por ter empatado o jogo no último minuto, o Paysandu espatifou um tubo inteiro de tinta dramática, no gramado do Serra Dourada, quando Rossi, seu melhor jogador, desperdiçou a primeira cobrança de pênaltis”.

“Mas era o Paysandu. Era o clube que derrotou o mítico Boca Juniors, com 2 jogadores a menos, em plena Bombonera. Era o Paysandu que fez o gol mais rápido do mundo, 4 segundos de jogo, na Curuzu. Definitivamente, esse time nasceu pra fazer história. E a história, hoje, faz do Paysandu o maior campeão regional (agora isolado) do Brasil”. 

Pura poesia e enlevo.