CAUSA

Entenda a doença que levou à morte do Papa Francisco

O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (21/4) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de uma pneumonia bilateral.

OFERECIMENTO

Hospital HSM Acessar site
O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (21/4) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de uma pneumonia bilateral.
O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (21/4) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de uma pneumonia bilateral.

O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (21/4) a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, em decorrência de uma pneumonia bilateral. Primeiro papa latino-americano e símbolo de uma Igreja mais próxima do povo, ele enfrentava uma série de complicações respiratórias desde o final de 2022, que se intensificaram nos últimos meses.

O diagnóstico de pneumonia bilateral — que afeta ambos os pulmões — foi feito no final de 2024. Desde então, o pontífice passou por diversas internações e apresentou sinais de agravamento progressivo. Essa condição geralmente causa sintomas severos como falta de ar, dores no peito e tosse persistente.

Um histórico de batalhas pela saúde

As dificuldades respiratórias do Papa Francisco não são recentes. Aos 21 anos, ele já havia passado por uma cirurgia para remover parte do pulmão após sofrer uma pleurisia. Desde o fim de 2022, sua saúde vinha sendo monitorada de perto devido a quadros recorrentes de infecção pulmonar.

Em fevereiro deste ano, ele foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, com um quadro de infecção polimicrobiana — quando diferentes microrganismos atacam simultaneamente os pulmões. Poucos dias depois, os exames confirmaram a pneumonia bilateral, com acúmulo de muco nos pulmões e queda significativa na capacidade respiratória.

Estado crítico e agravamento

No dia 22 de fevereiro, o Vaticano confirmou pela primeira vez que o estado de saúde do Papa era considerado crítico. Ele sofreu crises de asma e precisou de ventilação mecânica para conseguir respirar.

O quadro se agravou com o surgimento de plaquetopenia (queda no número de plaquetas) e anemia, exigindo transfusões de sangue. Já no domingo, 23, foi detectada uma insuficiência renal leve.

No final de fevereiro, o Papa sofreu um broncoespasmo severo e inalou parte do próprio vômito, o que causou uma nova crise respiratória. Foi necessário realizar uma broncoaspiração e iniciar ventilação mecânica integral.

Última aparição pública

Nos dias seguintes, houve uma breve melhora. Francisco recebeu alta e seguiu o tratamento em casa, no Vaticano. Sua última aparição pública foi neste domingo de Páscoa (20/4), quando, mesmo visivelmente debilitado, apareceu na sacada da Basílica de São Pedro e acenou para os fiéis reunidos na praça.

Em seu último ato como chefe de Estado, recebeu o vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, em uma audiência breve, já sem suporte respiratório visível.

Legado e Impacto

Com a morte do Papa Francisco, o mundo perde não apenas um líder espiritual, mas uma figura que aproximou a Igreja das pessoas mais simples, levando compaixão, humildade e coragem para o centro do catolicismo.