GERSON NOGUEIRA

O mantra do Paysandu em Ponta Grossa (PR): Só a vitória salva

Só a vitória salva. Este é o mantra que o PSC leva a campo neste sábado, em Ponta Grossa (PR), contra o Operário.

Só a vitória salva. Este é o mantra que o PSC leva a campo neste sábado, em Ponta Grossa (PR), contra o Operário
Só a vitória salva. Este é o mantra que o PSC leva a campo neste sábado, em Ponta Grossa (PR), contra o Operário. Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Só a vitória salva. Este é o mantra que o PSC leva a campo neste sábado, em Ponta Grossa (PR), contra o Operário. Uma batalha difícil, principalmente porque envolve um adversário que foi derrotado na rodada passada e busca sair da incômoda 15ª colocação.

Penúltimo colocado até o início da quarta rodada, o PSC tenta quebrar a sequência de derrotas, consciente de que a Série B não perdoa times que se acomodam nas últimas posições da tabela.

A derrota por 2 a 0 frente à Chapecoense ainda repercute e gera cobranças pesadas ao técnico Luizinho Lopes e ao elenco. No aeroporto, antes do embarque da delegação, todos foram diretamente interpelados por uma torcida inconformada com o jejum de vitórias.

O quadro se agrava pela comparação direta com a campanha do maior rival, que se mantém invicto após três rodadas. O treinador busca explicações para justificar os tropeços, reclama do desgaste pela maratona de jogos, mas não há como contestar que as últimas atuações (contra Vila Nova e Chape) foram sofríveis.

É óbvio que a torcida não irá perdoar um novo insucesso. Dependendo do que ocorrer, cabeças irão rolar – na comissão técnica ou na direção executiva. É a ordem natural das coisas, e o PSC não é exceção. Houve quem apostasse na queda do treinador após o jogo de quarta-feira.

Em busca da virada

Para evitar turbulências logo no início da caminhada, o cenário ideal é a conquista de uma vitória em Ponta Grossa, por qualquer escore. A essa altura, o resultado é sempre mais importante que a performance.

Nicolas, que foi vaiado na partida contra a Chape, é a principal esperança ofensiva. Sem Rossi, ainda lesionado, o ataque deve alinhar Borasi e Eliel ao lado do camisa 11. Pela entrega e capacidade de jogar dentro da área, Jorge Benítez é também uma alternativa interessante.

Espera-se que Luizinho tenha levado em conta as lições da derrota para o Vila Nova, quando o time entrou desconjuntado a partir da escalação de Giovane na armação, e só melhorou (pouca coisa) de mudanças óbvias.  

Bola na Torre

Guilherme Guerreiro comanda a atração, na RBATV, a partir das 23h. Participações de Giuseppe Tommaso e deste escriba baionense. Em debate, a quarta rodada da Série B e a expectativa para a decisão da Copa Verde. A edição é de Lino Machado e Lourdes Cezar.  

Pavani: a volta por cima

O futebol sempre é capaz de surpreender. Giovanni Pavani sofreu críticas após o retorno diante do América-MG. Em meio aos elogios gerais à atuação do Remo, a única ressalva no aspecto individual foi ao desempenho dele.

Ressentiu-se do pouco tempo para treinar com os companheiros e assimilar o novo sistema de jogo implantado por Daniel Paulista, mas isso normalmente não é levado em conta por quem critica.

Como recebeu o cartão amarelo ao cometer uma falta típica de condicionamento deficiente, o volante foi substituído no intervalo da partida. Luan Martins entrou e deu conta do recado.

Diante do Botafogo-SP, em Ribeirão Preto, Pavani ficou no banco de reservas e só entrou na metade da segunda etapa, quando o Remo batalhava para chegar a um novo empate na partida.

Quis o destino que Pavani fosse o encarregado de igualar o marcador, a poucos minutos do final, evitando que o time sofresse a primeira derrota no Brasileiro. O gol nasceu de um belíssimo arremate de longa distância.

Além do gol, ele participou das articulações ofensivas e ajudou o Remo a consolidar domínio sobre o Botafogo ao longo dos 25 minutos finais. Um retorno em grande estilo, premiado com um golaço.

Talvez não recupere de imediato a titularidade, em função da necessidade de melhor condicionamento, mas a participação em Ribeirão Preto sinalizou que Pavani pode ser útil ao time, mesmo que entre no 2º tempo.  

Neymar e a lesão muscular

A confirmação pelo Santos, na noite desta sexta-feira (18), de uma nova lesão muscular sofrida por Neymar coloca mais um imenso ponto de interrogação na utilização do atacante na Seleção Brasileira.

Segundo o clube, a contusão ocorreu no músculo semimembranoso da coxa esquerda. A lesão mais antiga, na mesma perna, afeta um outro músculo. Não há prazo para o retorno de Neymar aos gramados.

O tratamento da lesão muscular vai incluir um trabalho paralelo de fortalecimento muscular, a fim de evitar problemas futuros. Especialistas consultados dizem que o tempo mínimo de recuperação é de um mês e meio.

Caso se cumpra esse prazo, a convocação de Neymar para os próximos e decisivos jogos das Eliminatórias fica praticamente inviabilizada, apesar da pachecada que vive apostando na continuidade da hoje fictícia carreira do astro de Vila Belmiro.