GERSON NOGUEIRA

Papão joga 20 minutos, perde a 3ª seguida e ouve protestos da torcida

O jogo só foi interessante para o PSC nos primeiros 20 minutos, quando teve a posse de bola e criou duas situações perigosas no ataque.

O jogo só foi interessante para o PSC nos primeiros 20 minutos, quando teve a posse de bola e criou duas situações perigosas no ataque,
O jogo só foi interessante para o PSC nos primeiros 20 minutos, quando teve a posse de bola e criou duas situações perigosas no ataque. Foto; Mauro Ângelo/Diário do Pará

O jogo só foi interessante para o PSC nos primeiros 20 minutos, quando teve a posse de bola e criou duas situações perigosas no ataque, com Matheus Vargas e Nicolas. Depois disso, a Chapecoense saiu do sufoco e inverteu o cenário. Acertou a marcação e soube explorar as deficiências defensivas do time de Luizinho Lopes, marcando 2 a 0 ainda na primeira etapa. O resultado deixa o Papão na lanterna da Série B.  

Os gols nasceram da combinação de esforço da Chape e das facilidades permitidas pelo PSC. Aos 25 minutos, Mailton chutou forte após entrar na área e a bola passou por baixo do goleiro Matheus Nogueira. Percebendo a fragilidade do sistema defensivo do Papão, que errava todas as tentativas de desarme, os visitantes continuavam pressionando.

Aos 35 minutos, após cruzamento de Mailton na área, Matheus Nogueira voltou a aparecer mal: deu um soco para a entrada área, a bola voltou ao gol e o goleiro deu rebote nos pés do zagueiro João Paulo, que aproveitou o rebote para estufar o barbante.

O lance foi analisado pelo VAR e o gol foi confirmado, para desespero da torcida presente ao Mangueirão – 11 mil espectadores. O 1º tempo terminou com lampejos do PSC, principalmente através do estreante Eliel, que fez duas boas finalizações, mas ficou nisso.

Vaiado no intervalo, o PSC voltou para a etapa final sem o atacante Rossi. Lesionado, ele foi substituído por Benítez, que inicialmente deu novo ímpeto ao ataque. O time tentou impor uma blitz sobre a defesa da Chape, mas não conseguiu acertar o pé nas finalizações.

O panorama favoreceu o PSC por cerca de 20 minutos. A Chapecoense parecia assustada e não encontrava jeito de sair da defesa. A pressão bicolor, porém, se mostrou improdutiva, apesar de lances agudos com Benítez, aos 14’, e Nicolas, aos 18’.

Para controlar as ações e acalmar o jogo, o técnico Gilmar Dal Pozzo promoveu mudanças no setor defensivo e no ataque. Por seu turno, Luizinho Lopes substituiu Marlon e Matheus Vargas por Giovanne e Borasi. Não funcionou, apesar dos esforços de Borasi.

A partida se arrastou sem maiores chances para o Papão, mas a torcida protestou muito diante da terceira derrota consecutiva na competição.

Ameaçado, Luizinho bota culpa no desgaste

O técnico Luizinho Lopes voltou a usar o excesso de jogos como argumento para o terceiro tropeço do PSC na Série B. Desta vez, porém, admitiu que o time atuou mal e se descontrolou após tomar o segundo gol. Só não explicou a razão de tantas falhas de marcação mesmo atuando com tantos volantes.  

Diante das cobranças em relação ao ataque, avaliou que faltou apuro nas finalizações e baixa produtividade. O crônico problema de criação no meio não chegou a ser abordado pelo treinador, apesar de ser a fonte de boa parte do baixo rendimento do time.

Luizinho utiliza muito a justificativa de que a queda de desempenho só aflige o PSC agora, na terceira rodada da competição. Não é bem assim. Diante do Atlético-PR, o time jogou razoavelmente bem, embora sem qualidade nas ações ofensivas.

Na segunda rodada, sábado, diante do Vila Nova, a atuação foi pífia, a partir da escalação equivocada de Bryan Borges e Giovanne. A derrota foi consequência direta dos erros de posicionamento do time.

Ontem à noite, além dos erros individuais – o goleiro falhou nos dois gols da Chape –, o PSC não demonstrou capacidade coletiva de reagir à situação desfavorável. É um problema que precisa ser resolvido a tempo de evitar novo revés diante do Operário, em Ponta Grossa (PR), no sábado.

Desafio de peso para o Remo em Ribeirão

Depois de garantir a primeira vitória, jogando bem diante do América-MG, o Remo enfrenta o Botafogo-SP, hoje à noite, em Ribeirão Preto. Um tremendo desafio contra um adversário que sempre impõe dificuldades quando joga dentro de seus domínios.

A novidade no Leão é o retorno do meia-atacante Jaderson, que estava lesionado e não atuou contra o América. Principal jogador da equipe, ele exerce um papel importante na conexão entre meio e ataque.

Na partida de domingo, Jaderson foi substituído por Pedro Castro, que integrou o meio-campo ao lado de Caio Vinícius e Pavani (substituído no intervalo por Luan Martins). Apesar da grande atuação coletiva, Castro destoou justamente por não ter a mesma movimentação de Jaderson.

Ponto alto do time, o ataque permanece com Janderson, Felipe Vizeu e Pedro Rocha. O entrosamento demonstrado nos dois primeiros jogos na Série B, contra Ferroviária e América, faz crer que o técnico Daniel Paulista vai tentar fazer um jogo reativo em Ribeirão Preto.

Em casa, domingo passado, o Remo soube jogar sem a bola, esperando o momento certo de dar o bote sobre a defesa do América, que teve 74% de posse de bola e não conseguiu criar situações de perigo.

Um triunfo diante do Botafogo-SP pode confirmar a ascensão técnica do time e colocar o Remo entre os primeiros colocados do Brasileiro.