
Mesmo com a derrota diante da Chapecoense, o técnico Luizinho Lopes ganhou sobrevida no comando do time do Paysandu. Ontem, após o jogo no Mangueirão, havia a especulação em torno da dispensa do treinador, que ainda não venceu na Série B do Brasileiro, amargando três derrotas seguidas na competição. Mas, Lopes concedeu coletiva à imprensa, após a partida, o que parece lhe garantir sobrevida no cargo, caso nada tenha mudado na madrugada, com o afastamento do treinador, antes do jogo de sábado, contra o Operário-PR, em Ponta Grossa.
Vale lembrar que antes de sua dispensa, Márcio Fernandes, que foi sucedido por Lopes, também chegou a dar entrevista após o empate, contra o Bragantino, pelo Parazão, resultado que decretou a queda do ex-treinador bicolor. Na coletiva à imprensa, Lopes lamentou o que ele chamou de “falta de sorte” de sua equipe diante da Chape. “Hoje (ontem) no início (da partida) criamos duas, três situações e a bola não entrou”, declarou o técnico, recomendando empenho de todos, na Curuzu, para tirar o time do “atoleiro” no qual se encontra, a lanterna da Série B do Brasileiro.
“O que fazer? É continuar trabalhando. Não tem mais nada a fazer”, disse. De acordo com o treinador, a recuperação do Papão precisa vir de maneira urgente. “No futebol os cortes acontecem e as cicatrizes se fecham. Temos de cicatrizar isso o mais rápido possível. Se ficarmos no chão, vão chutar a gente até que a gente se levante”, salientou. Mas, de acordo com o técnico, a reabilitação do time deve ocorrer de forma tranquila. “A gente precisa vencer logo, mas não podemos entrar em desespero”, apontou Lopes, lembrando, em seguida, que o Papão tem duas decisões a cumprir, uma pelo Parazão e outra pela Copa Verde.
“A Série B é uma maratona. Não posso entrar em desespero. Ainda temos duas finais pela frente. O Paysandu vai sempre se levantar”, comentou Lopes, ressaltando que o time bicolor já embarca hoje cedo rumo ao Paraná. “Amanhã (hoje) a gente já acorda muito cedo para pegar um avião para o jogo de sábado, às 16h. A sequência (de jogos) é literalmente insana. Estamos tentando encontrar forças para passarmos por essa quantidade de jogos sem ficar perdendo pontos. Temos de ter a capacidade de nos reinventarmos”, finalizou.