Dezembro, em Belém, é tempo de encontros. É quando a energia vibrante dos rios da Amazônia continental se encontra com o coração da cidade — e com ela, chega a Dourada. Depois de uma edição histórica em 2024, que reuniu atrações internacionais e bateu recorde de público com mais de 100 mil pessoas, o Festival Psica já tem data confirmada para 2025: 12, 13 e 14 de dezembro.
Prepare-se para mais uma imersão profunda na diversidade sonora e cultural da Pan-Amazônia. O maior festival de música da região Norte — e um dos mais potentes do Brasil — celebra, mais uma vez, a força decolonial e periférica que pulsa na Amazônia e ecoa pelo mundo.
🌊 Uma jornada de volta às raízes
O tema da edição 2025, “O Retorno da Dourada”, se inspira na jornada do peixe dourada, símbolo do festival, que percorre mais de 11 mil km — a maior migração em água doce do planeta — das nascentes do Amazonas, nos Andes peruanos, até o estuário paraense. Agora, é hora de fazer o caminho inverso: mostrar ao mundo o quanto a cultura que nasce na foz do rio influencia toda a Amazônia e o imaginário latino-americano.
A música caribenha, a cúmbia, o carimbó, o brega-pop e tantos outros ritmos que se misturam nesse território fértil vão guiar essa travessia sonora. É o momento de devolver o sinal: o que a Dourada levou, agora retorna em forma de arte, festa e resistência.
“A dourada é essa metáfora viva que move o Psica desde o começo: mergulhar fundo nas Amazônias. Em 2025, completamos o ciclo, retornando pelos rios e países que compartilham essa imensidão conosco, até chegar novamente aos Andes. Essa volta vai estar presente no line-up, que vai refletir o imaginário amazônico, nossas memórias afetivas, a música que mora no nosso inconsciente coletivo”, explica Jeft Dias, diretor do festival.
🌀 A programação
O Psica 2025 começa com tudo na sexta-feira, 12 de dezembro, com programação gratuita ao ar livre em cinco palcos espalhados pelo bairro da Cidade Velha. Uma experiência comunitária, de rua, com a cara de Belém.
No fim de semana, dias 13 e 14 de dezembro, o festival se muda para o palco principal: o Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, onde a festa toma proporções épicas. Serão mais cinco palcos com uma maratona musical que vai das batidas urbanas às raízes ancestrais, refletindo o olhar das periferias da Amazônia brasileira.
“A gente não fala a mesma língua, mas sente o mesmo calor. O mesmo cheiro, o mesmo sabor. A influência da música caribenha, da cúmbia, que aqui vira brega, calypso… Em 2025, a gente manda de volta essa energia. Como uma rede. Como o ciclo da Dourada. Uma boa isca pra falar da Amazônia — da cultura às questões ambientais”, afirma Gerson Junior, também diretor do festival.
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🎟️ Confia no Psica
A primeira leva de ingressos já tem nome e data pra acontecer: é o lote “Confia no Psica”, com valor promocional para quem acredita na curadoria do festival de olhos fechados.
- Meia entrada: R$ 99,90
- Solidária: R$ 119,88 (mediante entrega de 1kg de alimento não perecível)
- Inteira: R$ 199,80
Esse lote garante acesso aos dois dias de evento no Mangueirão. As vendas abrem dia 22 de abril e vão até 28 de abril, antes mesmo da divulgação das primeiras atrações.
“Esse é o presente que a gente oferece pra quem anda com a gente há anos. Quem confia no Psica sabe: o line-up nunca decepciona. É o jeito de manter o festival acessível e conectado com as periferias, que são nossa origem e nossa essência”, reforça Jeft.
🌟 História viva, futuro potente
Criado em 2012 por dois homens pretos periféricos de Belém, o Festival Psica é mais do que um evento: é um movimento. É a afirmação de uma Amazônia que cria, canta, dança, grita, resiste — e encanta. Em 2025, o festival quer dobrar a meta: ecoar ainda mais longe os batuques, os samples, os sotaques e os corpos que fazem parte desse território colossal.
SERVIÇO
Festival Psica 2025 – O Retorno da Dourada
📅 12, 13 e 14 de dezembro
📍 Cidade Velha (programação gratuita – 12/12)
📍 Estádio Mangueirão (13 e 14/12)
🎫 Lote promocional “Confia no Psica”
🗓️ Vendas: de 22 a 28 de abril
📲 Mais informações: @festivalpsica no Instagram
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
