Páscoa doce e lucrativa: Histórias de quem fatura com chocolates artesanais
Páscoa doce e lucrativa: Histórias de quem fatura com chocolates artesanais

DO ARTESANATO AO CHOCOLATE

Páscoa doce e lucrativa: Histórias de quem fatura com chocolates artesanais

São diversas as opções caseiras e artesanais, com produtos personalizados, tudo para deixar uma Páscoa mais doce e com uma renda extra.

São diversas as opções caseiras e artesanais, com produtos personalizados, decoração pascoal e recheios diversos, tudo para deixar uma Páscoa mais doce e com uma renda extra.
São diversas as opções caseiras e artesanais, com produtos personalizados, decoração pascoal e recheios diversos, tudo para deixar uma Páscoa mais doce e com uma renda extra. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Páscoa 2025 será celebrada em 20 de abril. A data é uma das festividades mais importantes para o cristianismo, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo. Além da religiosidade, a época também marca um momento de oportunidade para empreendedores faturarem com a venda de ovos e demais doces de chocolate. São diversas as opções caseiras e artesanais, com produtos personalizadosdecoração pascoal e recheios diversos, tudo para deixar uma Páscoa mais doce e com uma renda extra.

O DIÁRIO conversou com três profissionais do ramo que trabalham com a comercialização de bombonsovos de Páscoa e demais iguarias de chocolate para saber como é a preparação para esta época do ano, quais os destaques para as vendas e como é a história delas com a comercialização dos produtos de chocolate. O trabalho das três entrevistadas é todo caprichado, desde o preparo das delícias até a confecção das embalagens, tudo pensado com muito cuidado nos mínimos detalhes para divulgação na rede social Instagram. O pistache ganhou protagonismo na Páscoa deste ano.

Há cinco anos, a empreendedora e artesã Marilene Costa, 56, trabalha com a produção de ovos de Páscoa artesanais. Antes disso, a empreendedora trabalhava apenas como artesã. Entre os produtos, ela fazia a confecção de camisas e bordados de Nossa Senhora de Nazaré. Os anos passaram e Marilene resolveu também trabalhar com outros negócios, surgindo em 2020 a ideia de produzir ovos para a Páscoa. “Atualmente, tiro minha renda com a venda dos chocolates, não somente na Páscoa, mas também em outras datas comemorativas como Dia dos Namorados, das Mães, das Crianças e Natal”.

Há cinco anos, a empreendedora e artesã Marilene Costa, 56, trabalha com a produção de ovos de Páscoa artesanais.
Há cinco anos, a empreendedora e artesã Marilene Costa, 56, trabalha com a produção de ovos de Páscoa artesanais. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Devota da Virgem de Nazaré, ela resolveu nomear o serviço na internet com o nome Graças de Maria no perfil do Instagram (@_gracasdemaria), onde Marcilene divulga as opções para o público com a produção dos itens feita sob encomenda. “A preparação para a Páscoa deste ano começou desde o mês de janeiro, para o planejamento e compra dos materiais necessários para a produção dos ovos tradicionaistrufados ou de colher“, afirma.

O cuidado com as embalagens dos produtos ressalta o capricho do trabalho artesanal. Os preços custam a partir de R$17,99, com o ovo tradicional de 150g em chocolate ao leite, meio amargo ou chocolate branco; R$ 31,99 o ovo trufado de 150g com recheio; R$ 44,99 o ovo de colher de 150g com recheio de brigadeiro, sensação (morango) ou cupuaçu; e R$ 49,99 o ovo de colher de 150g com recheio de pistache. “Este ano a novidade é o ovo com recheio de pistache. Inclusive, já tem cliente que já encomendou”, destaca Costa.

A paixão da empreendedora Luana Sette, 32, pelos chocolates foi passada por meio da avó Marina, 88, que fazia trufas e ovos de Páscoa em casa para vender. “Eu via minha avó fazer e ficava atenta observando a forma como ela preparava”, destaca a empreendedora. O negócio nasceu nos anos 2007 na vida da Luana, quando estudava o ensino médio e vendia trufas para conseguir uma renda. De lá para cá, Luana decidiu se dedicar totalmente às vendas, afastando-se da carreira de contadora para investir na produção dos doces.

A paixão da empreendedora Luana Sette, 32, pelos chocolates foi passada por meio da avó Marina, 88, que fazia trufas e ovos de Páscoa em casa para vender.
A paixão da empreendedora Luana Sette, 32, pelos chocolates foi passada por meio da avó Marina, 88, que fazia trufas e ovos de Páscoa em casa para vender.. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

As vendas ocorrem virtualmente, principalmente pelo Instagram (@docelu7), e em outras datas comemorativas além da Páscoa. De acordo com a empreendedora, a preparação para a Páscoa deste ano começou em dezembro de 2024, com estudos sobre tendências e produtos. “Eu procuro pesquisar o que de melhor pode ser oferecido para os clientes. Eu gosto muito porque eu amo comer doces. Presentear as pessoas com chocolates simboliza o amor. É maravilhoso ver que as pessoas gostam”.

Para a Páscoa deste ano, as opções de ovos de colher variam nos preços, podendo custar de 60 reais (400g) a 80 reais (600g), com sabores como pistacheOreoFerrero Rochertorta de limão e caramelo salgado. Uma outra opção curiosa é o ovo de colher beach tennis, que custa 60 reais com peso de 500g. “É um ovo com recheio de brigadeiro, uma raquete de chocolate e farofa de biscoito. Eu pratico o tênis de praia e transformei a ideia em opção para a Páscoa”, explica a empreendedora sobre o ovo com temática esportiva.

No ano de 2015, a hoje empresária e médica ginecologista e obstetra Andrezza Guerra, 30, saiu do Maranhão com destino à capital paraense para estudar medicina em uma universidade particular. O passo inicial no empreendedorismo com a venda de doces de chocolate se deu justamente durante a graduação. “Eu fazia e vendia brigadeiros na faculdade para me manter em Belém e pagar as contas”, afirma.

Andrezza Guerra, proprietária da doceria vila doce. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Uma década depois, o negócio cresceu bastante e, além das vendas por delivery ou retirada, a Villa Doce Belém (@villadocebelem) possui ainda um trailer para vender as iguarias na Praça Brasil, no bairro Umarizal. “Há dez anos eu trabalho com a venda dos doces não somente na Páscoa, mas também em outras datas comemorativas e eventos como aniversários e casamentos. É a realização de um sonho. Minha família veio do Maranhão para me dar apoio e trabalhamos juntos”.

A empresária explica que, para a Páscoa, entre os destaques, estão o kit degustação, composto por seis ovos de colher de 50g nos sabores Ninho com Nutellaparaense (cupuaçu, castanha-do-Pará e brigadeiro branco)pistachebrigadeiro ao leitecasadinho e red velvet; ovos de colher no peso de 600g; e as caixinhas com brindes corporativos, que podem ter docinhos ou brownies. O cardápio com as opções e preços das iguarias ainda estava sob atualização. “Nunca pensei que fosse trabalhar com doces. Comecei por necessidade e hoje é uma paixão”, ressalta Guerra, que concilia a carreira de empreendedora com a profissão médica.