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'Don Juan do Mapará' é preso por estelionato sentimental em Cametá

Vítima foi convencida pelo acusado a acreditar que suas economias seriam usadas para a compra de um veículo que beneficiaria o casal.

Foto: Divulgação
Elivelton Lopes Gaia seria reincidente no golpe. Foto: Divulgação

Elivelton Lopes Gaia, natural de Cametá, no nordeste do Pará, foi preso na última semana acusado de cometer estelionato sentimental, crime previsto no artigo 171 do Código Penal. Conhecido por sua lábia e habilidades de persuasão, o investigado, de idade não revelada, está detido na carceragem da delegacia local, à disposição da Justiça, no âmbito da Operação Falso Príncipe.

O crime de estelionato sentimental, que vem se tornando cada vez mais comum com o avanço das redes sociais e aplicativos de relacionamento, consiste na manipulação emocional de vítimas para obter vantagens financeiras. No caso de Elivelton, uma moradora de Cametá procurou a delegacia especializada após ser enganada durante um breve relacionamento. A vítima relatou que foi convencida pelo acusado a acreditar que suas economias, retiradas de sua conta bancária, seriam usadas para a compra de um veículo que beneficiaria o casal.

No entanto, a realidade era bem diferente. Durante uma viagem, Elivelton realizou diversas transferências bancárias não autorizadas, deixando a vítima com apenas R$ 20 em sua conta. As investigações revelaram que o veículo jamais existiu e que o suposto financiamento feito em nome de uma terceira pessoa, identificada como Cruz Oliveira da Silva, também era uma fraude. A Polícia Civil não encontrou registros de alguém com esse nome, indicando que se tratava de uma invenção do acusado.

Reincidente

Ao investigar o passado de Elivelton, apelidado de Dom Juan do Mapará, a polícia descobriu que ele já possui um histórico de envolvimento em crimes semelhantes, com diversos boletins de ocorrência registrados em seu nome. Após as investigações, a Justiça determinou sua prisão preventiva. A pena para o crime de estelionato varia de três a oito anos de reclusão, podendo ser aumentada em um terço caso o criminoso tenha utilizado perfis falsos em redes sociais.

O caso serve de alerta para a população sobre os riscos de relacionamentos iniciados em plataformas digitais, onde a manipulação emocional pode resultar em prejuízos financeiros e psicológicos. A Polícia Civil reforça a importância de denunciar casos suspeitos e de redobrar a atenção ao compartilhar informações pessoais e financeiras.