VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Pesquisa revela perfil de mais de 20 milhões de mulheres que sofrem violência no Brasil

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10) mostrou que mulheres com baixa escolaridade representam 45,5% das vítimas de violência física grave no Brasil.

Pesquisa revela perfil de mais de 20 milhões de mulheres que sofrem violência no Brasil Pesquisa revela perfil de mais de 20 milhões de mulheres que sofrem violência no Brasil Pesquisa revela perfil de mais de 20 milhões de mulheres que sofrem violência no Brasil Pesquisa revela perfil de mais de 20 milhões de mulheres que sofrem violência no Brasil

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10) mostrou que mulheres com baixa escolaridade representam 45,5% das vítimas de violência física grave no Brasil. O estudo, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Instituto DataFolha, traçou um perfil detalhado das mulheres que enfrentam esse tipo de situação no país.

A pesquisa, intitulada “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, revelou que 21,4 milhões de brasileiras com 16 anos ou mais sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses. O levantamento destacou que a violência não se limita à agressão física, mas também inclui formas psicológicas, sexuais, patrimoniais e morais, muitas vezes difíceis de identificar.

Segundo a advogada Beatriz Daguer, especialista no tema, a maioria dos casos de violência ocorre no ambiente doméstico, sendo o parceiro ou ex-parceiro da vítima o principal agressor. “Especialmente quando há vulnerabilidade socioeconômica por parte da mulher, os marcadores de violência são mais acentuados”, explica Daguer. O estudo apontou que 26,8% das agressões foram cometidas por ex-cônjuges, ex-companheiros ou ex-namorados.

Apesar dos avanços na legislação e na capacitação de agentes públicos para atender mulheres em situação de violência, apenas 14,2% das vítimas buscam ajuda das autoridades. A advogada reforça a importância de denunciar e buscar apoio em Delegacias da Mulher ou, na ausência delas, em qualquer Delegacia de Polícia Civil. Além disso, medidas protetivas, como o afastamento do agressor do lar, estão disponíveis para garantir a segurança das vítimas.

Para aquelas que não se sentem seguras em procurar ajuda presencialmente, o número 180, disponibilizado pelo Governo Federal, oferece informações sobre direitos, garantias e locais de atendimento próximos. “É fundamental que as mulheres saibam que não estão sozinhas e que existem mecanismos para protegê-las”, conclui Daguer.

A pesquisa serve como um alerta para a sociedade e para as autoridades, reforçando a necessidade de políticas públicas eficazes e de maior conscientização sobre o tema.