
A terça-feira, 11 de março de 2025, será um dia para ser esquecido pelo torcedor do Clube do Remo. Nessas 24 horas que passaram, o Leão Azul sofreu três derrotas importantes. No começo da tarde, o time Sub-17 perdeu para o Mazagão-AP e foi desclassificado da Copa do Brasil da categoria. Pouco depois, na Justiça Desportiva, o clube foi punido com a perda de seis pontos nesse imbróglio que envolve o Campeonato Paraense e a sua suspensão. Mais tarde, no Mangueirão, a pá de cal. O Remo perdeu de 2 a 1 para o Criciúma-SC, diante de sua torcida, e foi desclassificado na Copa do Brasil na segunda fase, deixando de ganhar uma cota de pouco mais de R$ 2,3 milhões. Um prejuízo que não há como ser recompensado adiante.
Agora, o time não sabe quando volta em campo, a não ser pelo compromisso do dia 5 de abril, pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Até lá, paira a incerteza. O Parazão está parado via judicial e a perspectiva é que demore para que a bola role. Dessa forma, serão mais de 20 dias para a comissão técnica comandada por Rodrigo Santana apenas treine esse time para a estreia da competição nacional. Ou seja, é tempo suficiente. Resta saber se a própria comissão será essa mesma até lá.
Além do resultado e da desclassificação, os pouco mais de 15 mil torcedores azulinos que estiveram no estádio estadual viram mais uma vez o Clube do Remo ter um desempenho muito abaixo do esperado. Assim, o Tigre catarinense, mesmo sem fazer uma partida brilhante, foi melhor durante os 90 minutos, teve mais posse de bola, criou mais jogadas e foi bem mais objetivo nas poucas chances que criou. Enquanto isso, o Leão Azul parecia uma equipe sem ambição em campo. Ninguém pode dizer sobre falta de esforço, pelo contrário, o time correu, mas correu de forma desorganizada, cansou mais que o adversário. E isso fez com que, a partir do segundo gol do Criciúma, na metade da etapa final, poucos torcedores passassem a acreditar, pelo menos, no empate.
Lamentação de um lado, comemoração de outro
No fim, restaram lamentações. “Faltou uma comunicação ali, mas não se pode apontar quem errou ou não. A gente tem que trabalhar, manter a cabeça fria porque o momento não é legal”, disse o volante Jaderson. “Óbvio que a gente não queria perder. A gente disputou e tivemos muitas chances. Perdemos nos detalhes, pois tivemos chances e não aproveitamos e eles aproveitaram as oportunidades que tiveram”, completou o meio-campista azulino.
Finalmente, pelo lado classificado, os jogadores do Tigre comemoraram o resultado como uma volta por cima, após a desclassificação no campeonato estadual. “Eu fiz o que sempre faço, que é acreditar em todos os momentos, toda hora. E, dessa vez, fui premiado com o gol. E, mais importante, é a classificação. Nós precisávamos dessa classificação depois de uma eliminação no Campeonato Catarinense. Felizmente, todos acreditaram, trabalhamos e viemos para cá para ganhar”, afirmou o atacante Popó, autor do gol da vitória. “Com humildade, suportamos a pressão e a gente voltou colocando em prática o que treinamos. Tomamos aquele gol de empate no final, ainda assim a gente vai ter outra qualidade. Conseguimos matar o jogo. E está aqui com as caras”, finalizou o goleiro Caíque.