
Há 24 anos nascia o Bloco Chulé de Pato, ganhando as ruas do bairro do Guamá, com a missão de tornar o carnaval acessível, e resgatar a alegria dos antigos carnavais, com muita marchinha, batalha de confetes, serpentinas e diversão para os carnavalescos. Na Quarta-Feira de Cinzas (5), a expectativa é receber 5 mil foliões.
Neste ano, a novidade é a volta da bandinha do Rausseli e os grupos regionais ‘O Bendito Carimbó’ e ‘Manipará’, a concentração inicia às 12h, na travessa Castelo Branco, entre as rua dos Caripunas e Paes de Souza, com os grupos de carimbó animando a chegada dos foliões, junto com a sopa de mocotó para atender até 1.500 brincantes. A saída do bloco ocorre às 16h.
Com o tema “Chulé de Pato na COP 30”, o coordenador e fundador do bloco, Paulo Mururé, reforça a responsabilidade que o bloco tem com as pessoas e com a sociedade, uma vez que sempre busca levar debates importantes às ruas, no meio da diversão.
“É um tema necessário, porque quando se trata de clima, essa é uma preocupação mundial e vivemos num país tropical que está sofrendo com consequências severas como ondas de calor e chuvas torrenciais. Será um desfile pautado no meio ambiente. Nós sempre trabalhamos questões que afligem o mundo, ano passado não foi diferente”, ressalta.
Paulo Mururé reforça que o bloco busca resgatar os antigos carnavais com marchinhas, onde adultos, jovens e crianças possam aproveitar com alegria, sem violência, e não deixar a cultura se perder. Além disso, ele comenta que a brincadeira também movimenta a economia no local e oportuniza a geração de renda dos trabalhadores ambulantes.
“Muitos deles aproveitam essa época do ano para gerar uma renda extra, e acho muito importante esse papel que o carnaval também tem. Quando criei o bloco, também pensei naqueles trabalhadores que não têm como pagar preços exorbitantes por fantasias, então as pessoas vão como querem, o que torna o bloco acessível a todos que moram no entorno”, afirma.