Saiba quais escolas desfilam neste domingo de carnaval do 2025 no Rio
Saiba quais escolas desfilam neste domingo de carnaval do 2025 no Rio

VAI COMEÇAR

Saiba quais escolas desfilam neste domingo de carnaval do 2025 no Rio

Descubra tudo sobre os desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, com as escolas Unidos de Padre Miguel e Mangueira.

Descubra tudo sobre os desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, com as escolas Unidos de Padre Miguel e Mangueira.
Descubra tudo sobre os desfiles no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, com as escolas Unidos de Padre Miguel e Mangueira.

As quatro escolas que darão a largada nos desfiles do grupo especial, neste domingo, no Sambódromo da Marquês de Sapucaí, são Unidos de Padre Miguel, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro e Mangueira.

A Unidos de Padre Miguel, com início de desfile previsto para as 22h, traz o enredo “Egbé Iyá Nassô”. Os carnavalescos são Alexandre Louzada e Lucas Milato

Atual campeã da Série Ouro, a Unidos de Padre Miguel (UPM) abre os desfiles na Sapucaí. A Boi Vermelho da Zona Oeste vai contar a história de protagonismo de Francisca da Silva, a Iyá Nassô, fundadora do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, em Salvador, no século XIX. Sua liderança feminina é reconhecida por ter trazido o “modelo de candomblé” para o Brasil, como explica o carnavalesco Lucas Milato, que assina o desfile com Alexandre Louzada.

Conhecida pela opulência de suas apresentações, a escola promete vir com um abre-alas “extremamente imponente, exagerado e luxuoso”, define Milato. Também haverá uma mescla do luxo, em referências ao catolicismo – o candomblé nasce no entorno da Igreja da Barroquinha, na Bahia -, com a rusticidade africana. Um boi feito por escultores de Parintins, articulado e lançando jatos de CO2, é uma das atrações.

A Imperatriz Leopoldinense deve desfilar entre 23h30 e 23h40. Traz o enredo “Ómi Tútú ao Olúfon – Água fresca para o senhor de Ifón”. O carnavalesco é Leandro Vieira.

Uma alegoria com cinco mil litros de água vai ajudar a contar o enredo da Imperatriz Leopoldinense, um mergulho no mito que narra a visita de Oxalá ao reino de Oyó, governado por Xangô. Nessa jornada, após descumprir os conselhos de um babalaô para desistir da viagem e de fazer oferendas a Exu, Oxalá enfrenta uma série de obstáculos, que resultam na prisão do orixá.

– Este mito é a origem da cerimônia das águas de Oxalá, que é praticada em inúmeros candomblés – justifica o carnavalesco Leandro Vieira, sem dar detalhes de como será o carro nem o que vai acontecer na Avenida durante sua passagem.

O carnavalesco promete ainda um desfile com muito branco, a cor de Oxalá. A escola será a segunda a entrar na Sapucaí. Segundo Leandro, esse enredo é a oportunidade de a escola celebrar a religiosidade afro-brasileira.

A Viradouro deve desfilar entre 0h50 e 1h10. Traz o enredo “Malunguinho: o Mensageiro de Três Mundos”. O

caarnavalesco é Tarcísio Zanon.

Em busca do quarto título, a atual campeã Viradouro aposta no enredo em homenagem a Malunguinho, entidade afro-indígena que se manifesta na mata, na jurema e na encruzilhada, e que, em vida, como João Batista, foi uma liderança no Quilombo do Catucá, em Pernambuco.

A escola promete provocar o “delírio”, numa referência ao estado de transe que se pode chegar após tomar a jurema (a bebida). Por isso, as esculturas foram estudadas para passar a sensação de movimento, em conceito que Tarcísio define como “cinestaticidade”. A mistura de cores também é pensada para provocar certa alucinação.

A transparência é outra aposta da escola, em referência aos cristais, usados em altares de jurema. Além de materiais orgânicos como sementes e cascalhos, ressecados e pintados, fantasias e alegorias também contarão com 500 brinquedos, que serão doados após o carnaval. Setenta juremeiros pernambucanos fecharão o desfile.

A Mangueira deve desfilar entre 2h e 2h20. Traz o enredo “À Flor da Terra, no Rio da Negritude entre Dores e Paixões”. O carnavalesco é Sidnei França.

A Mangueira fecha a primeira noite de desfiles. O mote da apresentação será mostrar a presença do povo banto – tronco étnico-linguístico que teve escravizados trazidos ao Brasil, de regiões hoje onde estão Angola, Congo, República Democrática do Congo e Moçambique. No Rio, sua influência marca presença na identidade da cidade, nos hábitos do dia a dia, na culinária e até mesmo na língua, com palavras como xodó, chamego, jiló, fubá e macumba.

O desfile, assinado pelo carnavalesco paulista Sidnei França, que faz sua estreia no carnaval carioca, tem o carro 3, do Zungu, representando a sociabilidade carioca. Montada com materiais comprados no Mercadão de Madureira, a alegoria terá sobre ela convidados como Leci Brandão; a sacerdotisa do Candomblé Banto Mameto Mabeji; e a rainha do Congo, Diambi Kabatusuila, além de baluartes. O menino José William de Paula, de 12 anos, representará o “cria” do enredo, retratado em uma alegoria.

(AG)