GERSON NOGUEIRA

Parazão em ritmo de definições

Saiba tudo sobre a última rodada do Parazão e as estratégias dos times para classificar e se salvar do rebaixamento.

Saiba tudo sobre a última rodada do Parazão e as estratégias dos times para classificar e se salvar do rebaixamento.
Saiba tudo sobre a última rodada do Parazão e as estratégias dos times para classificar e se salvar do rebaixamento.  - Foto: Márcio Melo/PSC

Belém -

Com times mesclados, para poupar atletas em meio à maratona das últimas semanas, a dupla Re-Pa vai para a última rodada da 1ª fase com missões relativamente tranquilas. O PSC recebe o Castanhal no Mangueirão e o Remo encara o Cametá no Parque do Bacurau. Os seis jogos acontecem às 15h30 de domingo e a emoção fica por conta da definição de classificados e rebaixados.

No Papão, que completa domingo 39 dias de atividades ininterruptas – desde 22 de janeiro até 2 de março –, há a necessidade de poupar os jogadores mais utilizados até agora. A última folga ocorreu no dia 21 de janeiro. Ao longo desse período, foram 28 sessões de treinamento, 10 jogos e quatro viagens.

Sob o comando do técnico Luizinho Lopes foram quatro partidas, com dois empates (Manaus, Remo) e duas vitórias (Independente, Manaus), com visível melhoria de rendimento. Mas, para permanecer no processo evolutivo, é necessário preservar peças, o que pode fazer com que os reservas tenham chance diante do Castanhal.

O ataque deve trazer alterações, como a participação de Pedro Delvalle na frente, a entrada de Marlon como meia-atacante e a escalação de Juninho no meio. Titular em todos os jogos, o atacante Rossi pode ser poupado.

A equipe interiorana está invicta, em 4º lugar na classificação com 13 pontos, mostrando atitude vencedora e com atuações satisfatórias dentro e fora de casa. O jogo com o PSC é um teste para o time de Robson Melo, que busca garantir um lugar entre os quatro primeiros colocados.

Líder e consolidado na primeira colocação, o Remo visita o Parque do Bacurau com um time igualmente modificado. Felipe Vizeu, que se lesionou contra o GAS, está descartado e será substituído por Ytalo. Os demais homens de ataque devem ser Dodô e Maxwell (ou Gabriel Martins).

No meio-campo, os titulares Jaderson e Pavani tendem a ser mantidos, mas Pedro Castro deve entrar ao longo da partida. Na defesa, Alvariño pode ser escalado, assim como Reinaldo e Lucão. Alan Rodriguez na ala esquerda. Na direita, Kadu e Marcelinho disputam a vaga.    

Quatro times sob ameaça de rebaixamento

Independente, São Francisco, Santa Rosa e Cametá entram na rodada decisiva com muito a perder. Todos ainda correm risco de rebaixamento à Segunda Divisão paraense. A situação mais delicada é a do Galo Elétrico. Com 5 pontos, precisa derrotar Capitão Poço para escapar à degola, e tem chances de conquistar uma vaga nas quartas de final.

O São Francisco, com 6 pontos, desafia o Santa Rosa, que tem 7 pontos e está em oitavo lugar na classificação. É uma briga que deve proporcionar um jogo emocionante, pois a vitória é o objetivo de ambos.

O Cametá, com 6 pontos e em nono lugar, teme ser rebaixado e sonha com a classificação. O adversário é o Remo, mas a expectativa na cidade é de um grande público para empurrar o Mapará em busca da vitória.

A Tuna, com 8 pontos e na sétima posição, tem a tarefa teoricamente mais tranquila: recebe o rebaixado Caeté no estádio do Souza, buscando melhorar sua colocação – pode alcançar Águia (5º, 11 pontos) e Capitão Poço (6º, 10 pontos).

No estádio Diogão, o Bragantino (3º colocado, 14 pontos) recebe o Águia, buscando alcançar a segunda posição, em caso de tropeço do PSC. Já o combalido Águia busca acima de tudo se recompor da goleada histórica (8 a 0) diante do Fluminense, na Copa do Brasil.  

Bola na Torre

Giuseppe Tommaso comanda a atração, com a participação de Liane Coelho e deste escriba de Baião. Em pauta, os resultados da rodada final da 1ª fase do Parazão. O Bola na Torre começa às 21h30 deste domingo, na RBATV. A edição é de Lourdes Cezar e Lino Machado.

Botafogo mantém aposta na escola portuguesa

Simpático e animado, Renato Manoel Paiva foi apresentado na sexta-feira, 28, como o novo técnico do Botafogo, encerrando um suspense que já durava quase dois meses. Nesse período, o Alvinegro perdeu duas taças (Supercopa Rei e Recopa Sul-Americana) e foi vexatoriamente eliminado do Campeonato Carioca.

As conquistas que encantaram a torcida em 2024 – Libertadores e Campeonato Brasileiro – foram rapidamente obscurecidas pelas pífias atuações de um time que perdeu jogadores importantes e ainda não encontrou o eixo na nova temporada. Paiva é o 4º português a assumir o time, desde 2023, depois de Luís Castro, Bruno Lage e Artur Jorge.

Renato Paiva tem passagens pelo Benfica, Bahia e Toluca. Foi bem no clube encarnado, mas teve desempenho discreto no Bahia. É um técnico experiente, representante da escola portuguesa, mas a contratação gera uma pergunta óbvia: se era para trazer Paiva, por que John Textor demorou tanto tempo para tomar a decisão?