CARNAVAL 2025

Carnaval celebra os 40 anos do Axé Music

Celebre os 40 anos de Axé Music e descubra como esse ritmo une vertentes musicais e fomenta o turismo em Salvador.

Carnaval celebra os 40 anos do Axé Music Carnaval celebra os 40 anos do Axé Music Carnaval celebra os 40 anos do Axé Music Carnaval celebra os 40 anos do Axé Music

A coluna de Carnaval é só alegria com as comemorações dos 40 anos de Axé Music. O ritmo é tão democrático que consegue reunir em sua aba uma profusão de vertentes musicais, que vão do samba reggae ao pagodão baiano, além de fomentar o turismo e o debate sociocultural como o respeito às religiões de matriz africana.

E já que a vocação deste Diário de Bordo é o turismo, qual fã de Carnaval nunca sonhou em passar a folia em Salvador, onde neste período milhares de visitantes colorem as ruas da capital baiana com fantasias e abadás?

São turistas que curtem o som que teve início com Luiz Caldas, um músico de enorme contribuição para a MPB e que já fez parcerias até com o nosso Pinduca. No Spotify você encontra um álbum em parceria da dupla com a junção da música paraense e baiana. Ideia que só mesmo dois gigantes da boa música poderiam promover.

Bagagem cultural

Como fã do movimento Axé, o colunista conheceu ao longo de mais de duas décadas de Carnaval em Salvador a riqueza dessa cultura musical. Axé que conta a própria história do Brasil com a chegada dos africanos nos navios negreiros e das críticas sociais em suas letras.

“Na Bahia existe Etiópia/Pro Nordeste o país vira as costas e lá vou eu…Declaro a nação/ Pelourinho contra a prostituição/ Faz protesto, manifestação/ E lá vou eu”.

Em nome do Axé, um debate recente questiona se Claudia Leitte foi ou não preconceituosa ao trocar na letra de uma música o nome do orixá Iemanjá por Yeshua (Jesus). A cantora chegou a ser vaiada na abertura oficial do Carnaval de Salvador na última quinta-feira por pessoas que pediam “respeite o Axé!”.

Até mesmo a origem do nome Axé Music já nasceu com polêmicas. Foi o termo que um crítico musical encontrou para debochar da explosão do ritmo que surgia na efervescente década de 80. Deboche que virou termo oficial e se reinventa até hoje.

Quem vier a Salvador não pode deixar de conhecer um pouco mais sobre esse ritmo que tantas vezes já foi declarado como morto, por ter perdido espaço para o sertanejo, funk e afins, mas que segue bem vivo do alto de suas quatro décadas. Aproveite para conhecer locais como a Cidade da Música, um museu que conta toda a história desse ritmo tão democrático.

Planeje sua visita a Salvador. “Você vai compreender que o baiano é um povo a mais de mil” e ainda voltará com a mala cheia de bagagem cultural que só o quarentão Axé Music pode proporcionar. Feliz Carnaval!

Fale com o colunista: luizoctav@gmail.com / Instagram: @luizoctav