A derrota por 2 a 0 para o Racing, na quinta-feira, pelo jogo de ida da Recopa Sul-Americana, foi apenas mais uma dentre muitas partidas decepcionantes do Botafogo em 2025. Não é difícil apontar um fator que contribui para a situação: desde a saída de Artur Jorge, em janeiro deste ano, o alvinegro está há 49 dias sem um treinador efetivo. Mas este vácuo no comando da equipe não é uma novidade na Era Textor: somando todas os intervalos sem técnicos, o total chega a 189 dias.
Desde que o empresário assumiu o controle da SAF do alvinegro, em janeiro de 2022, a Era Textor já contabiliza 1.147 dias. O tempo em que a equipe ficou sem comandante, então, representa aproximadamente 16,5% do período. No total, foram seis treinadores contratados com o aval de John Textor, e, contando com o atual, são cinco longos intervalos em que a equipe foi comandada por interinos até a solução em definitivo.
A tradição da demora para bater o martelo começou em 2022: entre a demissão de Enderson Moreira, em fevereiro, e a chegada de Luís Castro, em março, foram 42 dias de interinos no comando. O número se aproxima da média do período entre técnicos visto até agora – 37.8 dias -, e é bem parecido com os vácuos de 43 dias entre a saída de Bruno Lage e a chegada de Tiago Nunes, em 2023; e, na sequência, desde a saída de Tiago Nunes até o início do trabalho de Artur Jorge. A exceção que faz diminuir a média foi o intervalo de 12 dias entre Luís Castro e Bruno Lage.
Períodos da Era Textor sem técnico efetivado
11/2 a 25/3 de 2022 – 42 dias entre demissão de Enderson Moreira e chegada de Luís Castro
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30/6 a 12/7 de 2023 – 12 dias entre saída de Luís Castro e chegada de Bruno Lage
4/10 a 16/11 de 2023 – 43 dias entre saída de Bruno Lage e chegada de Tiago Nunes
22/2 a 5/4 de 2024 – 43 dias entre demissão de Tiago Nunes e chegada de Artur Jorge
03/1 a 21/2 de 2025 – 49 dias após saída de Artur Jorge
(AG)
