
Um grupo de jogadores declarou guerra aos gramados sintéticos no Brasil e iniciou uma campanha nas redes sociais.
Nomes como Neymar (Santos), Thiago Silva (Fluminense), Lucas Moura (São Paulo), Gabigol (Cruzeiro), Gerson (Flamengo), Cássio (Cruzeiro), Coutinho (Vasco), Bruno Henrique (Inter) e Alan Patrick (Inter) usaram seus perfis nesta terça-feira para publicar a mesma mensagem contrária aos campos artificiais.
“Futebol profissional não se joga em gramado sintético” é o lema principal desse movimento.
Na Série A do Brasileiro, os times que têm gramado sintético (ou estão em fase de mudança) são: Palmeiras, Botafogo e Atlético-MG.
QUAL A DISCUSSÃO
Até agora, quem se manifestou é um grupo de jogadores tarimbados, com passagem pela seleção ou pelo futebol europeu.
A publicação dos jogadores acontece às vésperas do conselho técnico da Série A, quando os clubes definem os itens do regulamento do Brasileiro. A CBF já soltou uma versão do documento, mas pode fazer alterações até um mês antes do início da competição. A Série A começa em 29 de março.
Ano passado, a Federação Nacional dos Atletas de Futebol (Fenapaf) chegou a fazer um movimento contra os gramados sintéticos, tentou emplacar o tema no conselho técnico, mas o movimento não ganhou corpo.
O que ficou aprovado em relação ao assunto foi a previsão de que os times possam fazer um treino de reconhecimento até 24h antes dos jogos pelo Brasileiro.
POR QUE SINTÉTICO?
Os clubes no Brasil passaram a adotar grama sintética para facilitar a realização de shows e eventos e também pela dificuldade de alguns de manter um gramado em boas condições ao longo da temporada.
O primeiro da elite a fazer isso foi o Athletic-pro, que no momento está na Série B.
O advento das arenas e as novas coberturas, que dificultam a irradiação do sol, são itens que aceleraram essa questão.
O TEXTO DOS JOGADORES
Preocupante ver o rumo que o futebol brasileiro está tomando. É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos.
Objetivamente, com tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim.
Nas ligas mais respeitadas do mundo os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade do gramado nos estádios. Trata-se de oferecer qualidade para quem joga e assiste.
Se o Brasil deseja definitivamente estar inserido como protagonista no mercado do futebol mundial, a primeira medida deveria ser exigir qualidade do piso que os atletas jogam e treinam.
FUTEBOL PROFISSIONAL NÃO SE JOGA EM GRAMADO SINTÉTICO!