
Rafael Rocha
Todas as sextas-feiras, moradores do bairro do Marco e arredores, em Belém, têm a opção de comprar frutas, verduras, legumes e outros itens a preços mais atrativos. A feira itinerante começa no início da tarde e segue até pela manhã no sábado, ao ar livre, na avenida Rômulo Maiorana com a travessa Antônio Baena.
Vindos de diferentes cidades do Pará e organizados no canteiro da avenida, os feirantes ainda disponibilizam alimentos como ovo, frango, queijo e tucupi, uma diversidade de produtos, tudo para garantir a renda e manter o sustento em casa. Os produtos oferecidos nas barracas são adquiridos ou cultivados por meio da agricultura familiar desenvolvida por famílias em diferentes cidades paraenses.
Do município de São Domingos do Capim, o agricultor Vando Silva, 33, todas as sextas-feiras viaja mais de 150 quilômetros com direção a Belém para vender os mais diversos produtos daquela cidade. Pitaia (15 reais o quilo), mamão (5 unidades por 10 reais), milho (5 espigas a 10 reais), pupunha (15 reais o quilo) e banana da terra (2 reais a unidade) são algumas das opções comercializadas na barraca dele, tudo da agricultura familiar. “Aqui os preços são mais em conta. Tem gente que trabalha em feiras e compra daqui pra revender depois”, explica.
De longe também veio Lili Coimbra, 30, que sai semanalmente de Mãe do Rio em uma viagem de cerca de três horas rumo à capital paraense. A rotina é feita há pelo menos três anos para trazer os produtos e colocá-los à disposição dos clientes. Quem chega na barraca da Lili encontra queijo (40 reais a peça), coalhada (20 reais dois litros), doce de leite (10 reais 200 gramas) e manteiga (12 reais 200 gramas). “São produtos feitos artesanalmente em Mãe do Rio e que os clientes gostam bastante”.
A produtora Taianne Paiva, 38, trabalha com a comercialização de jambu (4 reais o maço) e tucupi (10 reais dois litros) produzidos no município de Santa Izabel do Pará. A feirante chega pela manhã na sexta-feira e só vai embora na manhã do outro dia, tempo que é necessário para a venda de todos os produtos que chegam de Santa Izabel. “É daqui que tiramos nossa renda trazendo toda semana”.
Consumidora da feira itinerante, a socióloga Maria Araújo, 60, mora na avenida João Paulo II e atravessa dois quarteirões justamente para conferir as ofertas e opções disponíveis. A socióloga sempre vem em busca de banana da terra, polpa de cupuaçu, farinha e ovos. De acordo com a cliente, comprar os produtos desta feira é estimular a agricultura familiar. “Eu gosto porque são produtos orgânicos e de qualidade, pois sabemos o quanto é importante para a saúde consumirmos esses alimentos”.