Um exemplo de sanidade esportiva acaba de ser dado pelos grandes clubes de Pernambuco. Sport, Santa Cruz e Náutico firmaram o compromisso de romper com as torcidas “organizadas”. Foram estabelecidas 16 normas para cumprimento dos clubes, com destaque para a proibição de ajuda financeira, logística e qualquer patrocínio às facções Explosão Coral, Náutico até Morrer e Jovem do Leão.
Os clubes se comprometem a não ceder espaços em seus estádios para as organizadas, proibindo qualquer manifestação desses grupos em jogos dos clubes, além de retirar do quadro de sócios os integrantes identificados. O descumprimento de cada uma dessas normas custará multa de R$ 50 mil.
Os clubes se comprometeram também a implantar, até 14 de junho de 2025, um sistema de venda eletrônica exclusiva de ingressos, com controle de acesso por reconhecimento facial e monitoramento por imagens.
Caso esse pacto seja mesmo levado a cabo, representa um passo importante e histórico no sentido de devolver a paz aos estádios, cortando pela raiz a causa maior de violência nas praças esportivas. Torna-se de imediato um exemplo a ser seguido em outros Estados.
Nas últimas semanas, grupos de torcedores ditos organizados se enfrentaram nas ruas do Recife e de Fortaleza, deixando um rastro de destruição e sangue. Os clubes pernambucanos estão agindo.
O fato é que as batalhas nas ruas são rotineiras entre gangues rivais, inclusive em Belém, onde a Polícia Militar já teve que prender de uma só vez mais de 100 baderneiros depois de um tumulto em torno da Curuzu antes de um jogo pela Copa do Brasil 2024.
É chegado o momento de frear a relação promíscua entre organizadas e clubes. Há casos comprovados de clubes que distribuem ingressos, a título de incentivo nas arquibancadas. Uma balela. Quem incentiva é o torcedor comum, que paga ingresso e não precisa se organizar para ir a campo.
Organizadas sequer cantam os hinos dos clubes. São hostis, brigam dentro e fora dos estádios e viram as costas para o campo de jogo, gritando ameaças a facções rivais. A violência deve ser enfrentada pelas forças de segurança. Quem cuida de criminosos é a Polícia.
O futebol não precisa da selvageria proporcionada pelas organizadas. Precisa de quem goste de verdade de gols, dribles e vitórias.
Luizinho estreia no Papão em jogo decisivo
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Novo técnico do PSC, Luizinho Lopes nem bem foi apresentado e já tem um tremendo desafio pela frente. Comanda o time na partida desta noite (20h) contra o Manaus, na Curuzu, pela Copa Verde. Com pouco tempo para treinar e conhecer os jogadores, deve manter a base que vinha atuando no Parazão sob o comando de Márcio Fernandes.
Com prováveis mudanças no meio-de-campo, Luizinho deve manter o ataque que vinha atuando, com Rossi, Nicolas e Borasi. Eles terão a responsabilidade de garantir a vitória, afinal ainda está viva na memória de todos a dramática classificação diante do Porto Velho (RO).
Por coincidência, Luizinho vai estrear logo diante do Gavião, onde fez história em 2021, conquistando o título amazonense.
Renovação com Kadu é triunfo da base remista
Revelação da base azulina, o lateral-direito Kadu surgiu com destaque no Campeonato Paraense com atuação destacada nas partidas em que entrou como titular. O prêmio por essa performance veio rápido.
Valorizado, ele foi chamado a renovar contrato até 2027, com acréscimo de salário e fixação de multa indenizatória na casa dos R$ 10 milhões. Desde o ano passado, ele era cotado para aproveitamento entre os profissionais.
Uma lesão no tornozelo adiou o sonho. Voltou a jogar no final de 2024, atuando pelo sub-20. Chamado para o elenco principal por Rodrigo Santana, aproveitou muitíssimo bem a chance no Parazão.
Considerado um dos maiores talentos formados no clube desde a descoberta de Rony, Kadu recebe um reconhecimento que simboliza também a valorização das divisões de base do clube.
Provocado, Vini responde com um show de bola
Brincadeira tem hora. Mexeram com os brios de Vinícius Jr. e ele simplesmente estraçalhou com o Manchester City, na terça-feira à noite, no Eithad Stadium com uma atuação monstruosa. Não marcou gol, mas infernizou a vida dos zagueiros e contribuiu decisivamente para a vitória.
Craques não podem ser desafiados, já ensina a velha regra não escrita do futebol. A torcida do City exibiu um bandeirão citando o verso de uma canção do Oasis que fala em parar de chorar – referência direta à polêmica do prêmio Bola de Ouro ganho por Rodri. Pagou caro por isso.
Vini criou cinco chances de gol, deu uma assistência e fez 10 ações com bola na área. Como se não bastasse, deu o chute para o rebote do goleiro no lance do segundo gol e deu o passe para Jude Bellingham marcar o terceiro, nos minutos finais. Foi eleito o melhor do jogo, com justiça.
