A contratação de Luizinho Lopes, um técnico da nova geração, para substituir Márcio Fernandes, representa um passo importante do PSC em relação às metas estabelecidas para a temporada. O clube se prepara para a disputa do Brasileiro da Série B e tem direcionado contratações e investimentos a esse objetivo prioritário.
Márcio Fernandes começou a cair ao não imprimir um estilo próprio na gestão do elenco e do futebol do clube. De perfil conciliador, alheio a tretas, ao contrário de Hélio dos Anjos, por exemplo, Márcio se recolheu ao silêncio em momentos que exigiam mais ênfase e atitude.
Dirigir um time que tem uma torcida gigantesca e exigente não é tarefa simples. Cobranças e críticas são diárias, até mesmo para um profissional que realizou um bom trabalho na Série B 2024 – Márcio conseguiu afastar o risco real de rebaixamento à Série C, embora já não fosse o técnico preferido da diretoria para aquele momento.
O futebol é por vezes engraçado e surpreendente. Foi o jeito calmo e tranquilo de Márcio que garantiu ao PSC a estabilidade necessária para corrigir a rota no Brasileiro, superando o período de turbulência, atritos e maus resultados na competição.
De repente, menos de três meses depois, suas características já não se adequam aos projetos do clube. O que deu certo em 2024 não serve mais para 2025. Parece – muitas vezes é – injusto, mas assim é o futebol e suas circunstâncias. Aprendemos isso ao longo dos anos.
A opção por Luizinho Lopes representa uma guinada para fazer o PSC se estabilizar no Parazão e, a partir daí, consolidar um time competitivo para o Brasileiro. A contratação aparentemente já estava encaminhada desde o início do Estadual, mas esbarrava na boa campanha inicial do time.
Márcio foi preservado enquanto o PSC se manteve invicto até a 4ª rodada, quando perdeu para o Santa Rosa. Logo em seguida, veio o empate com o Porto Velho pela Copa Verde (com vitória nas penalidades). Os maus passos decretaram o fim da era Márcio Fernandes.
Luizinho estava sem clube desde o ano passado, quando foi demitido do Vila Nova. Conta com um aliado importante: o executivo Felipe Albuquerque, que o indicou ao Vila após passar pelo Brusque (SC). A conexão entre técnico e executivo é fator cada vez mais importante na atual estrutura dos clubes.
Durante a Série B, Hélio dos Anjos e Ari Barros se desentenderam, trocaram acusações e o clube acabou sendo afetado pela discórdia entre ambos. O potiguar Luizinho não enfrenta esse problema, o que já é de grande valia para o desafiador trabalho que assume a partir de hoje, como aposta do clube para uma temporada vitoriosa.
Luizinho já foi uma pedra no sapato do Leão
Na Série B 2021, o Remo foi rebaixado em pleno Baenão após empatar sem gols com o Confiança, que já estava eliminado da competição. Um dos responsáveis pela decepção dos azulinos, que lotaram o estádio naquela tarde, foi justamente Luizinho Lopes, que dirigia o time sergipano.
A partida até hoje é lembrada pela torcida do Leão e passa, a partir de agora, a ser um dos trunfos de Luizinho junto à torcida do Papão. Antes, porém, de empurrar o Remo para a Série C, ele trabalhou no clube. Foi auxiliar de Roberto Fernandes na conquista do título estadual de 2014.
Artilheiro do Remo caminho rumo à titularidade
Adailton foi um dos últimos nomes anunciados para reforçar o elenco do Remo. Chegou em janeiro, teve que passar por um período de condicionamento e esperar uma oportunidade para entrar no time. Tem sido escalado aos poucos no Parazão e só foi titular no desastroso jogo com o São Raimundo-RR pela Copa Verde – com boa atuação e um gol marcado.
Atacante experiente, com passagem pelo futebol internacional, Adailton tem sido hábil em conduzir sua participação no Remo. Não demonstrou até hoje insatisfação com a reserva e aproveitou da melhor maneira as chances que ganhou na equipe.
Marcou quatro gols – três no Parazão e um na Copa Verde – e criou um “problema” para o técnico Rodrigo Santana. Como ainda não tem condições físicas para aguentar 90 minutos, Adailton tem sido escalado no final das partidas do Estadual, mas sempre marcando gols importantes.
A rodagem no futebol permite que explore os espaços e encontre os atalhos para usar a velocidade e o drible fácil como armas. Impressionou pela capacidade de definição, um antigo problema do ataque remista. Essas virtudes foram logo observadas pela torcida, que já cobra sua entrada em alguns jogos.
Adailton já é apontado como o melhor reforço ofensivo do clube e, até o Re-Pa do dia 23, é provável que esteja em condições de assumir um lugar no ataque, independentemente de parceiros.