Clientes de diversas instituições financeiras enfrentam dificuldades com o sistema de pagamentos instantâneos Pix nesta sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025. Relatos de problemas surgiram nas primeiras horas do dia, com milhares de usuários reclamando sobre falhas na realização de transferências e pagamentos. Entre os bancos afetados estão Nubank, Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e PicPay.
A plataforma DownDetector, que monitora falhas em serviços online, identificou um aumento expressivo nas notificações de instabilidade, indicando que a falha tem abrangência nacional e atinge milhões de correntistas. O Banco Central do Brasil confirmou a ocorrência do problema, afirmando que técnicos estão trabalhando para a normalização do sistema, sem previsão de quando as transações voltarão a operar normalmente.
Instituições financeiras comunicaram oficialmente aos clientes que estão cientes das dificuldades e recomendam cautela ao tentar realizar pagamentos via Pix. O Itaú orientou seus correntistas a não refazer transferências caso o sistema não conclua a operação imediatamente, evitando possíveis duplicidades nos envios de dinheiro. O Nubank, por sua vez, declarou que acompanha a situação de perto e que os usuários podem tentar métodos alternativos até que o sistema seja restabelecido. O Bradesco e o Santander também divulgaram avisos alertando sobre a instabilidade, sugerindo o uso de TED ou cartões para evitar transtornos.
O Pix se consolidou como a principal forma de pagamento digital no Brasil desde seu lançamento, em novembro de 2020. A ferramenta revolucionou o setor financeiro ao permitir transações instantâneas, gratuitas e disponíveis 24 horas por dia. No entanto, essa não é a primeira vez que o sistema sofre instabilidades significativas. Em outubro de 2024, um problema técnico semelhante afetou milhões de usuários por várias horas, impactando principalmente os serviços de e-commerce e pagamentos entre empresas. A repetição de falhas levanta questionamentos sobre a infraestrutura do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), gerenciado pelo Banco Central, e a necessidade de medidas preventivas para evitar colapsos no sistema.