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Cientistas encontram fungos que transformam aranhas em 'Zumbis'

Descubra a incrível descoberta do fungo zumbi que manipula o comportamento das aranhas e facilita a dispersão de seus esporos.

Créditos: Reprodução/Fungal Systematics and Evolution
Créditos: Reprodução/Fungal Systematics and Evolution

Uma descoberta surpreendente feita por pesquisadores britânicos gerou grande repercussão no mundo da ciência. Os estudiosos identificaram uma nova espécie de “fungo zumbi”, capaz de manipular o comportamento de aranhas, levando-as a se expor de maneira inusitada para facilitar a dispersão dos esporos do fungo.

A descoberta aconteceu em um depósito de pólvora abandonado da Segunda Guerra Mundial, localizado na Irlanda do Norte, onde o fungo foi encontrado parasitando aranhas da espécie Metellina merianae. Este fenômeno se revelou similar ao comportamento fictício retratado na popular série e jogos The Last of Us, onde microrganismos controlam seus hospedeiros como zumbis.

Durante as filmagens de um documentário da BBC, a primeira aranha infectada foi encontrada. Ela estava quase irreconhecível, com seu corpo coberto por uma estrutura esbranquiçada em forma de coral, criada pelo fungo. Esta nova espécie de fungo recebeu o nome de Gibellula attenboroughii e foi também encontrada em aranhas da espécie Meta menardi, no mesmo local.

As aranhas infectadas, em sua natureza, são conhecidas por se esconderem em cavernas e quase não se moverem, exceto quando precisam capturar presas em suas teias. No entanto, os aracnídeos infectados foram encontrados em locais expostos ao sol e ao vento, contrariando seu comportamento natural, com o único objetivo de espalhar mais partes do fungo.

Essa alteração de comportamento é similar à observada em formigas infectadas por fungos do gênero Ophiocordyceps, na Mata Atlântica do Brasil. Em ambos os casos, o fungo libera dopamina, o hormônio do prazer, o que pode ser a chave para a mudança do comportamento dos hospedeiros, sugerindo que o fungo manipula seus “zumbis” através de um efeito psicoativo.

Outro ponto interessante da pesquisa é que os fungos encontrados em diferentes locais, apesar de pertencerem à mesma espécie, apresentaram formas distintas. No depósito de pólvora, a ausência de luz e o movimento de ar resultaram em esporos sem pigmentação, dispostos em colunas. Já em cavernas, a luz difusa e as correntes de ar facilitaram a dispersão dos esporos, diminuindo a formação de estruturas compactas.

Pelos dados obtidos, os cientistas concluíram que o crescimento do fungo não está diretamente relacionado à morte dos animais infectados, o que sugere que, de alguma forma, eles vivem de maneira harmônica, pelo menos enquanto o fungo não exaure completamente o corpo do hospedeiro.

Com informações da Revista Fórum.