DIEGO HYPÓLITO

Mãe de Diego lembra homofobia e diz que filho 'poderia não estar aqui'

A matriarca também aponta que o preconceito sofrido pelo filho poderia ter tido consequências graves.

Reprodução: GLOBO
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No BBB 25 (Globo), Diego contou que, quando assumiu sua homossexualidade publicamente após se tornar campeão mundial, chegou a perder contratos com marcas patrocinadoras. Ele ainda afirmou que, desde criança, lidou com discriminação e citou um episódio em que, quando tinha 10 anos, seu treinador orientou a mãe dele a “educá-lo na pancada” para não ser gay.

O QUE DIZ A MÃE

Em entrevista ao UOL, Geni Matias Hypólito, 67, mãe de Diego e Daniele, contou que o filho começou a lidar com homofobia desde que decidiu praticar o esporte que lhe deu reconhecimento internacional. A matriarca declarou que havia um estigma contra homens que faziam ginástica artística. “O Diego sempre teve a Dany como inspiração para começar sua carreira. A geração de meninos estava crescendo, mas ainda era nítido que faltavam nomes de peso na ginástica masculina. Não só ele, mas muitos outros meninos enfrentaram preconceitos por escolher essa modalidade”.

Ela admite que sofreu ao ver o filho sendo alvo de discriminação, mas seguiu o apoiando. “Como mãe, isso me causava dor, porque o Diego sempre amou o que fazia. Era preconceito e chacota de todos os lados, mas, graças a Deus, isso nunca parou o Diego. Mesmo que isso me doesse como mãe, eu tentava não demonstrar para ele”.

A matriarca também aponta que o preconceito sofrido pelo filho poderia ter tido consequências graves. Segundo Geni, Diego chegou a esconder a sexualidade por muito tempo para se proteger. “O Diego, como homossexual, não podia ser quem realmente era, sentia medo, vergonha e enfrentava muito preconceito. Ele passou por muito sofrimento psicológico, viveu situações horríveis, e eu agradeço a Deus todos os dias por ter meu filho comigo. Ele poderia não estar aqui, e isso me dói só de pensar”.

“A nossa família sempre foi unida, sempre acolhemos o Diego. E, como a Dany disse, só nós sabemos o que passamos. Poderíamos não ter ele mais com a gente, e isso me assusta”
Por fim, Geni reforça a importância do apoio familiar a filhos LGBTQIA+. “Se eu pudesse dar um conselho para qualquer pai ou mãe, seria: abracem seus filhos, acolham seus filhos, conversem com seus filhos. Tem coisas que só o amor de um pai e uma mãe pode curar. Temos que amar nossos filhos do jeitinho que eles são”.