Na tarde deste domingo (02), Belém viveu uma tarde de intensa movimentação nos bares e restaurantes devido à final da Supercopa Rei entre Flamengo e Botafogo, realizada no Estádio Mangueirão. Torcedores de ambas as equipes lotaram os estabelecimentos para acompanhar a partida, que terminou com a vitória do Flamengo por 3 a 1. Mesmo debaixo de chuva forte, a plateia não arredou o pé e torceu até o fim pelo time do coração.
O jogo da final da Supercopa Rei, entre Flamengo e Botafogo, iniciou às 16h. Aos 12 minutos da partida foi marcado um pênalti a favor do Flamengo, que converteu o primeiro gol do Mengão após cobrança de Bruno Henrique. Porém, a forte chuva forçou a interrupção do jogo aos 15 minutos do primeiro tempo e seguiu suspenso por 1 hora. Enquanto a arbitragem decidia sobre o retorno ou paralisação definitiva da partida, os torcedores dos dois times ficaram apreensivos sobre a possibilidade de cancelamento da decisão.
Durante a chuva torrencial, vários torcedores do Rubro Negro carioca esperaram a liberação da partida no bar e restaurante Ninho do Urubu, no bairro da Pedreira, onde foi montado um telão de LED. Depois de mais de uma hora de espera, a plateia vibrou com o retorno do time ao campo, por volta de 17h20. Com um gol de vantagem, os torcedores estavam apreensivos por mais pontos e a certeza de ganhar mais uma competição.
O torcedor Raimundo Nonato, 61 anos, foi um dos que chegaram cedo ao bar só para assistir a partida em um lugar privilegiado. Flamenguista desde a barriga da mãe, ele relatou que presenciar o time do coração jogando em Belém é sempre um sonho. Otimista com um bom resultado para o Mengão, ele apostava em 3×1 no placar, o que se confirmou ao final da partida.
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“Eu estou aqui desde a manhã só esperando para pegar um lugar privilegiado. Meu coração está a mil. É uma disputa entre dois times do Rio de Janeiro e que jogam muito. Mas graças a Deus eu tô confiante que o Flamengo vai vencer mais essa competição. Quando paralisou a partida, aí é que eu fiquei nervoso mesmo, foi um vai-não-vai, todo mundo pensou que nem teria mais jogo, mas já voltamos com tudo. Tô apostando que o placar vai ser de três a um. Já tá um a zero, vai ser moleza”, disse o eletricista.
Logo após o retorno da partida, o Flamengo marcou o segundo gol aos 18 minutos. A vantagem de dois pontos em cima do adversário deixou os flamenguistas ainda mais confiantes. Em contrapartida, apesar do mau desempenho do Fogão, os torcedores não ficaram desesperançosos. A ideia de que o Botafogo ia virar o placar era uma certeza para Fábio Muniz, de 21 anos, que mesmo com as “encarnações” dos amigos seguia fiel à confiança no time.
“Eu estou estressado já, mas ainda acredito na virada do meu time, acredito que a gente ainda tem condição de recuperar esse jogo. É futebol e ninguém é favorito até acabar o jogo. Tá 2×0, mas temos ainda muito jogo pela frente. Quando paralisou a gente ficou na resenha, esperando a volta, mas ficamos muito apreensivos porque aqui no Norte, nessa época do ano, é muita chuva. Mas se a gente ficar pensando só nisso a gente não joga”, ponderou Fábio.
No segundo tempo teve mais bola na rede. O atacante Luiz Araújo marcou mais um para o Rubro Negro e dificultou a chegada do Glorioso. Para os flamenguistas, a emoção foi ainda maior com a certeza da vitória. A autônoma Aline Barros, 20 anos, estava confiante no terceiro título da Supercopa Rei. “Eu já estou com muita expectativa desse título. Nós vamos ganhar, é certeza que o Flamengo vai ganhar. Já choveu, já me molhei, fiquei estressada, mas não saio daqui. Sou flamenguista até morrer e digo que o placar vai ser quatro a zero”, afirmou.
O gol do Alvinegro, aos 42 minutos do segundo tempo, diminuiu a vantagem do time adversário, mas não foi suficiente para o time cravar o título. Mesmo assim, Renata Sarraf, de 46 anos, não deixou de acreditar no empate e virada do Botafogo. “Eu tô enfrentando aqui no meio de cinquenta flamenguistas, só tem eu de Botafogo, mas a gente vai virar esse negócio pra calar a boca de todo mundo. Ainda dá tempo de fazer dois gols, nos aguardem. Sou botafoguense desde pequena, herança do meu pai, e não deixo de acreditar no meu Botafogo”, concluiu a vendedora.
