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Dores na coluna pós-férias : Causas, consequências e tratamentos

Férias sem dores na coluna: conheça as melhores práticas para evitar desconfortos na região lombar e cervical durante viagens.

Férias sem dores na coluna: conheça as melhores práticas para evitar desconfortos na região lombar e cervical durante viagens.
Férias sem dores na coluna: conheça as melhores práticas para evitar desconfortos na região lombar e cervical durante viagens.

As férias, para muitos, são sinônimo de descanso, viagens e momentos de lazer. Porém, o período também pode trazer impactos negativos para a saúde da coluna, especialmente na região lombar e cervical. A combinação de longas horas de viagens, aumento do sedentarismo e má postura durante as atividades de lazer frequentemente resultam em desconfortos e até dores intensas. 

De acordo com o fisioterapeuta Raphael Torres, especialista em coluna vertebral, as dores na coluna podem ser classificadas como cervicalgia, que afeta a região do pescoço – composta por 7 vértebras, responsável, por exemplo, por sustentar o crânio –, e lombalgia, que atinge a parte inferior das costas – formada por vértebras, que são os ossos que compõem a coluna e conectam o tórax, a cintura e as pernas.

“Elas se diferem, mas compartilham fatores em comum, como má postura. A maioria das pessoas tem histórico de apenas uma delas, mas há casos de quem sofre com ambas, especialmente quando há sobrecarga na rotina ou falta de prevenção”, explica.

Ele aborda que muitos comportamentos típicos das férias podem desencadear ou intensificar essas dores. “Nas viagens, é comum passar longas horas sentado em carros ou aviões, o que sobrecarrega a coluna. Além disso, as pessoas costumam abandonar a rotina de atividades físicas e adotar posturas inadequadas durante o período”, considera.

Segundo a OMS [Organização Mundial da Saúde], sete em cada dez brasileiros que procuram atendimento relatam dor lombar.

Torres também destaca a relação entre histórico de problemas na coluna e o aumento da vulnerabilidade ao desconforto. Pessoas com hérnia de disco ou histórico de travamentos devem redobrar os cuidados ao retornar às suas rotinas. A falta de movimento e o enfraquecimento muscular, frequentes nesse período, são fatores que contribuem para essas crises.

Conforme o especialista, “segundo a OMS [Organização Mundial da Saúde], sete em cada dez brasileiros que procuram atendimento relatam dor lombar, enquanto três sofrem com dor cervical, e é a principal causa de afastamentos do trabalho”, lembra.

RECOMENDAÇÃO

A principal recomendação para prevenir e tratar essas dores está no movimento, seja ele através de caminhadas, musculação ou pilates. “A coluna precisa de duas coisas, uma delas é a mobilidade. A questão de se movimentar pode incluir uma caminhada, corrida, dança ou pilates, e o aumento do nível de atividade física. Pessoas que caminham 3 a 4 vezes na semana, por 30 minutos, já diminuem 50% de travamento da coluna”, pondera. 

fisioterapeuta Raphael Torres, especialista em coluna vertebral
Fisioterapeuta Raphael Torres, especialista em coluna vertebral

“E como restante, o fortalecimento de musculatura, que pode ser feito ao entrar na academia, com o auxílio de um bom instrutor, vale lembrar”, acrescenta.

O fisioterapeuta também enfatiza a importância de intervalos regulares para quem passa muito tempo em frente ao computador, usando o celular e estudando. “O ideal é fazer pausas a cada 30 minutos, levantando-se e movimentando-se por cerca de 3 a 5 minutos. Essa prática simples reduz consideravelmente os impactos”, recomenda.

A eficácia de fisioterapias ativas, em que o próprio nome já indica, o paciente participa ativamente do processo de recuperação. “Ensinamos exercícios de preferência o de destravar, que podem ser usados emergencialmente, como flexões repetidas. Isso empodera o paciente e acelera sua recuperação”, diz.

Para pessoas em crise, o tratamento inicial visa aliviar a dor e restaurar as condições do paciente, sendo sugerido o tratamento preventivo. “A prevenção vai tirar o paciente da crise, sendo o primeiro passo. Como segunda etapa, com sessões regulares, temos o fortalecimento muscular. O ideal é realizar uma sessão a cada 30 dias, espaçando-as conforme a melhora”, recomenda.