GERSON NOGUEIRA

Torcidas aplaudem estreias de Remo e Paysandu na temporada

Leão e Papão farão um campeonato à parte, brigando jogo a jogo pela hegemonia estadual. Contra adversários frágeis, ambos aproveitaram para golear

O Paysandu largou bem no Parazão 2025. Foto: Wagner Almeida
O Paysandu largou bem no Parazão 2025. Foto: Wagner Almeida

Foram estreias que encheram os olhos das torcidas pela quantidade de gols marcados. Se havia dúvida quanto ao caráter particular da disputa entre os rivais no Parazão deste ano, agora não há mais discussão: Leão e Papão farão um campeonato à parte, brigando jogo a jogo pela hegemonia estadual. Contra adversários frágeis, ambos aproveitaram para golear.

A torcida saiu do Mangueirão no sábado festejando a boa atuação diante do São Francisco e a excelente produção ofensiva, que resultou na goleada de 5 a 0. O placar reflete bem o que se viu em campo. O Remo foi ofensivo desde os primeiros minutos, dominou completamente o adversário e criou várias oportunidades para marcar.

Quando Ytalo fez 1 a 0, aos 21 minutos, o Remo tinha desperdiçado duas grandes oportunidades, com Maxwel e com o próprio Ytalo. Mais que isso: as triangulações rápidas entre Dodô, Maxwel e Ytalo empolgavam o torcedor e confundiam a marcação.

O Remo estreou com vitória na temporada. Foto: Irene Almeida

Ainda no primeiro tempo, o placar chegaria a 3 a 0. Aos 34’, Ytalo deu um passe de calcanhar para Kadu se projetar na área. O garoto, que impressionava pela desenvoltura e os avanços pela direita, não foi fominha. Recebeu a bola e cruzou para Dodô, melhor colocado, bater para o gol.

Aos 42’, Dodô cobrou falta à meia-altura e Maxwel desviou de cabeça, enganando toda a defesa e o goleiro Jonathan, do São Francisco. Um primeiro tempo praticamente perfeito, que arrancou aplausos dos 26 mil espectadores no Mangueirão.

Logo a 1’ do 2º tempo, o Remo chegou ao quarto gol. Dodô foi acionado pela direita, tentou um chute cruzado, mas a bola foi rebatida pela zaga. Ele então mandou um balãozinho que encobriu o goleiro Jonathan.

O Remo, a partir daí, passou a controlar a partida com troca de passes e tentativas isoladas pelos lados, com Kadu e Sávio. O técnico Rodrigo Santana aproveitou a vantagem no placar para lançar Pedro Rocha e Felipe Vizeu.

De início, os reforços mais badalados da temporada não conseguiram encaixar boas jogadas, mas Vizeu tentou duas finalizações. Até que, aos 47’, um cruzamento na área provocou um rebote e a bola chegou ao centroavante, que deu um salto acrobático para desviar em direção às redes. O gol inicialmente foi anulado, mas depois validado pelo VAR.

Uma atuação bem convincente e ofensivamente forte, que deixou os torcedores entusiasmados. Na entrevista pós-jogo, Rodrigo Santana tratou de baixar a bola, lembrando que é apenas o início da caminhada. E é assim que, de fato, a goleada deve ser encarada.

Na Curuzu, ontem, o Paysandu foi mais econômico em gols e permitiu que o adversário criasse problemas no início. Apesar disso, a vitória de 4 a 1 repercutiu bem entre os torcedores. Há a compreensão de que a estreia no campeonato é normalmente sujeita a erros e desajustes.

Paysandu goleou Capitão Poço. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

As mudanças operadas na equipe em relação ao jogo contra a Tuna pela Supercopa também pesaram na forma de atuar. Márcio Fernandes lançou Rossi desde o início. O atacante, principal contratação do clube, não decepcionou. Movimentou-se e arriscou duas finalizações. 

O gol de abertura foi de Quintana, aproveitando rebote na área de Capitão Poço, após falta cobrada por Bryan. De maneira surpreendente, o visitante foi em busca do empate, e conseguiu. Rodrigo puxou um contra-ataque e encobriu o goleiro Matheus Nogueira. Um golaço.

A falha de cobertura da zaga no lance deixou claro que é necessário reforçar os cuidados para o decorrer da competição. Ainda no 1º tempo, Bryan desempatou, cobrando penalidade confirmada pelo VAR.

Na etapa final, o jogo teve apenas um nome: Nicolas. O camisa 11, que não tinha aparecido ainda na partida, fechou o caixão de Capitão Poço com dois gols de cabeça. Em ambos, mais do que cochilos da zaga, ficou em destaque a boa fase do atacante, que não deixou passar as oportunidades.

Os 8 mil torcedores presentes – público abaixo do esperado – aplaudiram os jogadores na saída, indicando que a estreia foi satisfatória e bem recebida, apesar do susto inicial. Bryan foi o melhor em campo.   

Lusa, Galo e Águia fazem boa arrancada

Os vencedores da rodada entre os clubes interioranos foram o Independente e o Águia. A Tuna passou pelo Bragantino, no Souza. A estreia mais vistosa foi do Galo, que derrotou o Santa Rosa por 3 a 1, em Nova Ipixuna. Na próxima rodada, recebe a Tuna, em Tucuruí. O primeiro gol foi de Waldir, logo aos 4 minutos.

Aos 17’, após uma troca de passes na área, Alexandro Melo fez o segundo do Independente. O Santa Rosa diminuiu com Diego Macedo, mas Erick aproveitou uma bola na área e liquidou a fatura.

Outro que foi muito bem nesse giro de abertura foi o Águia. No Parque do Bacurau, o time marabaense arrancou uma vitória de 1 a 0, mais importante ainda pela ordem de jogos nesta fase inicial da competição. Nas próximas rodadas, o Águia receberá PSC e Remo, no Zinho Oliveira.  

A Lusa fez o dever de casa, superando o Bragantino por 2 a 1, no estádio do Souza. Os dois gols logo no primeiro tempo tornaram a partida mais tranquila para os cruzmaltinos. Aos 18 minutos, Wander marcou com um belo chute de fora da área. No fim do 1º tempo, Jayme foi lançado na área por Gabriel Furtado e estufou as redes.

O Tubarão ainda descontou com João Victor, mas já era tarde para uma tentativa de reação.