Preços de hortaliças, verduras e legumes disparam em Belém

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA) divulgou um novo balanço sobre as variações de preços médios de hortaliças, verduras e legumes em Belém, comparando os valores praticados em feiras livres e supermercados. A pesquisa revela que, no final de 2024, os paraenses enfrentaram aumento nos preços da maioria desses produtos, com reajustes superando significativamente a inflação de 4,77% (INPC/IBGE) para o período de 12 meses.

Principais Aumentos de Preços

Em dezembro de 2024, comparado a novembro do mesmo ano, alguns itens apresentaram aumentos notáveis. A cenoura, por exemplo, subiu 3,66% (R$ 5,38/kg), seguida pela abóbora (3,08%, R$ 6,70/kg) e o chuchu (2,72%, R$ 5,66/kg). Além desses, outros produtos como maxixe (2,37%) e cebola (1,84%) também tiveram reajustes.

No entanto, nem todos os itens apresentaram alta. Produtos como alface (queda de 2,79%, R$ 3,49/unidade) e macaxeira (queda de 2,31%, R$ 11,41/kg) mostraram tendência de redução de preços.

Variações Anuais: Reajustes Superiores à Inflação

A comparação anual (jan-dez) revela aumentos expressivos. A abóbora teve um impressionante aumento de 59,14%, passando de R$ 4,34/kg para R$ 6,70/kg. A couve e o jambu também apresentaram aumentos significativos, de 46,78% e 38,73%, respectivamente. O quiabo (29,98%), maxixe (29,95%) e chuchu (26,34%) também tiveram elevações consideráveis. Em contraste, alguns itens como beterraba (-0,68%) e alface (-8,88%) registraram quedas.

Impactos Climáticos e Outros Fatores

O aumento nos preços das hortaliças, verduras e legumes em 2024 foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo impactos climáticos adversos, entressafra e custos elevados de distribuição. Esse cenário gerou um cenário de escassez e aumento de preços, tornando ainda mais importante a prática de pesquisa de preços na hora das compras.