BALANÇA COMERCIAL

Pará fecha 2024 entre os três maiores exportadores do Brasil

O Pará se destaca no comércio exterior: terceiro maior exportador do Brasil em 2024, com crescimento de 3,06% em relação a 2023.

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O Pará se destaca no comércio exterior: terceiro maior exportador do Brasil em 2024, com crescimento de 3,06% em relação a 2023.
O Pará se destaca no comércio exterior: terceiro maior exportador do Brasil em 2024, com crescimento de 3,06% em relação a 2023.

Belém - Em 2024, o Pará reafirmou sua posição de destaque no comércio exterior brasileiro, ocupando o terceiro lugar entre os maiores exportadores do país, com um crescimento de 3,06% em comparação a 2023. O Estado registrou um saldo comercial positivo de US$ 20,92 bilhões, com exportações somando US$ 22,97 bilhões e importações totalizando US$ 2,05 bilhões, representando um aumento de 7,26%. Esses dados são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN).

O Pará consolidou sua liderança na Região Norte, respondendo por 77,9% das exportações da região, que somaram US$ 29,63 bilhões. O Estado também se destacou como o segundo maior exportador da Amazônia Legal, ficando atrás apenas do Mato Grosso, e alcançou a sexta posição no ranking nacional de exportações, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.

Alex Carvalho, presidente da FIEPA, destaca que o bom desempenho da balança comercial do Pará reflete a força econômica do Estado e sua contribuição ao desenvolvimento regional e nacional. Ele afirma que, embora a economia ainda dependa fortemente da exportação de commodities, é fundamental avançar para a verticalização da produção industrial, o que exigirá esforços para modernizar o parque industrial e superar obstáculos ambientais que dificultam a infraestrutura logística. Carvalho acredita que a bioeconomia, entre outros setores, pode ser um pilar fundamental para o crescimento sustentável do Estado.

Mineração: A balança comercial do Pará em 2024 foi impulsionada pelo setor mineral, que representou 84% das exportações do Estado. Embora o minério de ferro tenha apresentado uma leve queda de 1,53%, ainda liderou as exportações, com um valor de US$ 12,79 bilhões e 168,53 milhões de toneladas, com a China como principal destino. O cobre teve um crescimento de 24,48%, somando US$ 3,05 bilhões, e a alumina calcinada aumentou 16,33%, com US$ 1,88 bilhão em exportações. O alumínio não ligado e seus derivados também se destacaram, com crescimento de 48,68%, totalizando US$ 234,62 milhões.

Outros Produtos: O Pará se destacou também na exportação de soja e carne bovina. Apesar de uma queda de 9,31% na soja, o Estado exportou US$ 1,50 bilhão em 2024, com a China como principal comprador. A carne bovina, por outro lado, teve um aumento expressivo de 45,62%, alcançando US$ 736,56 milhões, com destaque para os mercados da China e Oriente Médio. Francisco Victer, coordenador do Movimento Aliança Paraense pela Carne, explicou que o aumento nas exportações de carne se deve à habilitação de novas indústrias paraenses para o mercado chinês, o que dobrou o número de frigoríficos aptos a negociar com o país. Além disso, houve expansão para novos mercados, como Israel, Emirados Árabes, Hong Kong, Filipinas, Líbia, Uruguai e Albânia.

Outros produtos que registraram crescimento significativo incluem sucos de frutas, pimenta “Piper”, palmito, arroz e farinhas, com destaques para os mercados da Alemanha, Estados Unidos, Libéria e outros países.

Cassandra Lobato, coordenadora da FIEPA CIN, apontou que as expectativas para 2025 são positivas, com a ampliação das relações comerciais com países da União Europeia, especialmente após o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, firmado em dezembro de 2024. A diversificação das exportações, especialmente com foco em produtos não tradicionais, poderá fortalecer ainda mais a posição do Pará no comércio internacional.

Cidades com Maior Desempenho nas Exportações: Em 2024, Canaã dos Carajás se destacou como a terceira cidade brasileira com maior volume de exportações, com US$ 6,70 bilhões, seguida por Parauapebas com US$ 6,25 bilhões, ambos com forte presença do minério de ferro. No total, o interior do Pará foi responsável por 83% das exportações, enquanto a Região Metropolitana de Belém contribuiu com 17%.

Destinos das Exportações: A Ásia manteve-se como o principal destino das exportações paraenses, absorvendo 63,58% dos produtos exportados, com destaque para a China, que importou US$ 11,37 bilhões, principalmente de minério de ferro e soja. A União Europeia ficou em segundo lugar, com 15,72% das exportações, destacando-se os Países Baixos e a Alemanha.

Modais de Transporte: A via marítima foi a principal rota para as exportações paraenses, com destaque para o Porto de São Luís, que movimentou US$ 16,23 bilhões, principalmente com minério de ferro. O Porto de Belém também teve um desempenho importante, com US$ 5,38 bilhões, destacando-se pela exportação de soja e alumina calcinada.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.