Com 3.189 casos confirmados de dengue em Belém no ano de 2024, a prefeitura tem intensificado as ações de prevenção, buscando a colaboração da população para combater o mosquito Aedes aegypti e eliminar os focos de proliferação. A simples prática de manter as plantas bem cuidadas e o quintal limpo é fundamental para evitar a infestação.
É assim que a dona de casa Lucilene Trindade, de 58 anos, ajuda a proteger sua família da dengue. “Faço a limpeza diária e, a cada 15 dias, faço uma limpeza geral para evitar mosquitos e outros insetos”, compartilhou Lucilene ao abrir sua casa para a vistoria realizada pela equipe da Divisão de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), no bairro da Pedreira, na manhã desta sexta-feira, 10.
De acordo com Alberto Rodrigues, chefe da Divisão de Endemias da Sesma, as visitas domiciliares são realizadas ao longo do ano, mas se intensificam durante o período de chuvas.
Até o dia 9 de janeiro de 2025, foram confirmados oito casos de dengue em Belém. Lucilene destacou que, até o momento, ninguém em sua casa contraiu a doença, já que não foram encontrados focos de água parada em sua residência. No entanto, em outros imóveis, os agentes identificaram baldes com água acumulada e uma piscina sem uso, o que pode ser um criadouro ideal para o mosquito transmissor.
Ao identificar esses focos, os Agentes de Combate a Endemias (ACE’s) aplicam produtos químicos específicos para eliminar as larvas e orientam os moradores sobre a prevenção. No caso da piscina encontrada em uma residência, a coordenadora da equipe de endemias do Distrito Administrativo da Sacramenta (Dasac), Lenize Costa, explicou que a água deverá ser retirada, a piscina devidamente limpa e a recomendação é para que se evite o acúmulo de água novamente.
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Vistorias em cemitérios também são realizadas
Além das vistorias nas residências, a Sesma tem intensificado a fiscalização em locais com risco elevado de acúmulo de materiais que podem servir de criadouros para o mosquito. “O aumento das chuvas pode resultar em mais acúmulo de água, por isso, estamos reforçando as inspeções, principalmente em locais como depósitos a céu aberto, sucatas e cemitérios”, comentou Alberto Rodrigues.
No dia 10 de janeiro, o cemitério de Santa Isabel, localizado no Guamá, recebeu um mutirão de combate à dengue. Rodrigues destacou que, além da equipe regular de dez ACE’s que inspeciona o cemitério durante a semana, outros 15 agentes são designados para o local durante o período chuvoso.
Ele também explicou que todos os cemitérios de Belém, ativos ou inativos, são inspecionados quinzenalmente. O cemitério de Santa Isabel, com cerca de 47 mil sepulturas, é o maior da cidade e exige atenção redobrada devido às ornamentações, como floreiras, que acumulam água. “Muitas sepulturas são limpas apenas em datas comemorativas, como o Dia de Finados, o Dia das Mães e o Dia dos Pais”, disse o diretor.
O trabalho de fiscalização e visitas domiciliares será intensificado até o final do período chuvoso, previsto para terminar em maio.
Diretor de Redação
Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.
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