Carne pode estar mais em conta nos açougues de Belém; veja os preços

No mês passado, o valor da cesta básica de alimentos dos paraenses voltou a apresentar alta e custou cerca de R$ 665,83, apresentando um reajuste médio de 0,42% em relação ao mês de novembro de 2024, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA). Um item que sofreu reajuste de preço no mês passado foi a carne bovina, aumentando o valor em 3,89% no preço médio. Comparada à variação nos 12 meses de 2024, o preço da carne teve reajuste de 11,28% ao ano.

De acordo com o Dieese/PA, apesar da volta das chuvas, melhora dos pastos e condições para engorda do gado no Estado, a oferta de boi para abate ainda não foi normalizada, pois a maior demanda externa e interna, tanto pelos consumidores quanto pelos frigoríficos, provocaram o aumento do preço da carne no varejo. No bairro da Pedreira, os cortes podem ser encontrados pelo preço de R$ 11,99 (picadinho de primeira) a R$ 59,99 (picanha). O DIÁRIO ouviu diferentes consumidores na última sexta-feira (10) para saber como estão percebendo os preços da carne bovina.

A autônoma Évina Santos, 44, trabalha com a venda de churrasco. Por conta da rotina, todos os dias a autônoma precisa comprar vários quilos de carne, dependendo da demanda e do dia da semana. De forma geral, ela sentiu que os preços da carne deram uma aumentada nos açougues depois do Círio, no mês de outubro, e que agora no mês de janeiro ela notou que os valores dos cortes estão diminuindo.

Toda semana, a rotina da cabeleireira e manicure Evelyn Costa, 43, é sair para comprar os cortes que gosta de comer em casa com os familiares. Conforme a profissional da beleza, a preferência dela é realizar as compras nos açougues, frigoríficos e casas de carne por considerar que nestes estabelecimentos os preços são melhores para não pesar no orçamento. “No supermercado dá pra ver que são maiores os preços das carnes. Eu prefiro comprar pelo bairro porque dá para pesquisar e escolher preços mais em conta”, explica Evelyn sobre a escolha dos locais na hora da compra.

“Eu só vou nos açougues porque é mais em conta”. O relato é do aposentado Raimundo Barbosa, 67. Viver sem carne vermelha não é opção para ele, que sempre compra os cortes quinzenalmente para a alimentação. Segundo o aposentado, os preços atualmente não estão muito convidativos, mas dá para comprar bem, dependendo do tipo de corte e do estabelecimento.