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Mudanças no BPC: o que é verdade e o que é boato

Descubra as mudanças promovidas pela nova legislação do BPC e entenda como funcionará a avaliação da deficiência e o registro do CID.

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Mudanças no BPC: o que é verdade e o que é boato

A recente sanção da Lei nº 15.077, em 27 de dezembro de 2024, trouxe modificações significativas nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Com o objetivo de esclarecer dúvidas e combater a desinformação sobre o benefício, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) detalhou as principais mudanças, o que permanece inalterado e os boatos falsos que têm circulado.

O que muda com a nova Lei do BPC?

A nova legislação introduz três mudanças principais no processo de concessão do BPC:

  1. Avaliação da Deficiência e CID: A partir de agora, a avaliação da deficiência será obrigatória para solicitantes com menos de 65 anos, tanto nas concessões administrativas quanto judiciais. Esta avaliação incluirá o registro do Código Internacional de Doenças (CID), o que visa aumentar a precisão e a transparência no processo de concessão.
  2. Atualização do CadÚnico a Cada 2 Anos: A atualização do Cadastro Único (CadÚnico) agora deverá ser realizada a cada 24 meses, garantindo maior segurança e confiabilidade nas informações dos beneficiários.
  3. Biometria Obrigatória: A coleta de biometria será obrigatória para a concessão e manutenção do BPC e outros benefícios previdenciários, como aposentadoria e pensões. A medida visa fortalecer a segurança e combater fraudes no sistema.
  4. Cálculo da Renda no BPC: A partir da nova lei, somente os valores previstos em lei poderão ser descontados no cálculo da renda do BPC. Isso inclui valores recebidos a título de outro BPC ou benefícios previdenciários de até um salário mínimo, contratos de aprendizagem, estágio supervisionado, auxílios financeiros temporários, ou indenizações por danos de rompimento de barragens.

O que não muda no BPC?

Apesar das novas regras, alguns pontos essenciais do BPC permanecem inalterados, desmentindo boatos que circulam nas redes sociais:

  1. Grau de Deficiência: A Lei nº 15.077 não exige que a deficiência seja classificada como grave ou moderada para a concessão do BPC. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o trecho que propunha essa restrição. Portanto, o critério de acesso ao benefício permanece o mesmo.
  2. Definição de Deficiência e Composição Familiar: A definição de deficiência para fins de acesso ao BPC e os critérios para determinar a composição familiar para o cálculo da renda per capita não sofreram alterações.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destacou que as novas mudanças ajudarão a reduzir fraudes e garantir que o BPC chegue a quem realmente tem direito: “As mudanças vão combater fraudes por meio da biometria, atualização do cadastro a cada dois anos e o cruzamento de dados sobre a renda”, afirmou o ministro.

Ferramenta do INSS Facilita a Regularização do CadÚnico

O INSS lançou uma nova ferramenta no site e no aplicativo Meu INSS, permitindo que os beneficiários do BPC possam regularizar sua inscrição no CadÚnico de maneira simples e rápida. Caso o pagamento do benefício seja bloqueado devido a pendências no cadastro, a nova ferramenta facilita a regularização e, em até 72 horas, o benefício será liberado novamente.

Atenção às Informações Oficiais

O MDS reforça seu compromisso em combater a desinformação e orienta os beneficiários a buscarem informações em canais oficiais do governo. Para mais detalhes sobre as novas regras do BPC, acesse os sites do MDS e do INSS.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.