Aginástica no Brasil vive um momento de grande visibilidade e sucesso, impulsionado pela conquista histórica de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Paris 2024. Para Francisco “Xico” Porath, treinador da atleta, a modalidade experimenta um verdadeiro “boom”. “As pessoas vêm até mim e dizem que os filhos querem fazer ginástica. Recebi muita gente onde tem fila de espera para as escolinhas”, afirmou Porath em entrevista recente, destacando a inspiração que Rebeca se tornou para uma nova geração de atletas.
No Pará, esse movimento é claramente sentido. Agenor Paes, presidente da Federação Paraense de Ginástica (FEPAGIN), aponta a ascensão da qualidade do esporte no estado. “A ginástica paraense deu um grande salto, com resultados impressionantes em todas as modalidades”, diz Paes, que destaca a performance da equipe do Centro-Norte, que conquistou o quarto lugar por equipe no Torneio Nacional de Ginástica Artística.
Além disso, ginastas como Tainá Dantas e Samya Sardinha tiveram excelentes colocações em competições nacionais e internacionais, com o Pará somando 21 medalhas em torneio na Colômbia.
A visibilidade da ginástica brasileira, ampliada pelos feitos de Rebeca, mas também de Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares, gerou um aumento significativo na procura por aulas no estado. “O impacto foi impressionante. A procura passou de 30 no começo, para 250 inscrições, e agora para 480 inscrições semanais. A influência das estrelas da ginástica brasileira é fantástica”, celebra Agenor, que também observa o crescente interesse por parte de jovens praticantes.
Competições
Esse crescimento é evidente no sucesso de competições locais. Em 2023, a FEPAGIN realizou eventos em locais de destaque como o Shopping Grão-Pará e a Arena Mangueirinho, e o calendário foi cumprido com grandes apresentações. “Foi um ano de resultados positivos e um calendário realizado com sucesso”, comenta. O próximo ano promete mais visibilidade e oportunidades, com o Centro-Norte de Ginástica recebendo inscrições para 2024 e mantendo as portas abertas para novos talentos.
Visibilidade e evolução do esporte no estado
O sucesso da ginástica artística também trouxe visibilidade para outras modalidades, como a ginástica rítmica. Beatriz Farias, atleta de 20 anos da categoria adulta, vê esse momento como uma grande oportunidade. “A ginástica rítmica tem ganhado muita repercussão e isso motiva muito. As pessoas estão se interessando e isso é algo que vem crescendo muito”, afirma Beatriz, que celebra a maior visibilidade do esporte, algo que antes era quase inexistente.
Beatriz também se destaca em competições. Ela foi campeã absoluta no Campeonato Paraense e obteve um excelente desempenho no Campeonato Brasileiro, recebendo elogios de árbitros internacionais. “Recebi reconhecimento em um nível que não imaginava, algo que só mostra o quanto a ginástica no Pará tem evoluído”, diz a atleta, que já mira novos desafios para o próximo ano. “Quero aprimorar ainda mais minha técnica e melhorar meus resultados em competições estaduais e nacionais”, afirma, com a ambição de alcançar novos patamares em sua carreira.