Vendedores de polpas de fruta e fruteiros do mercado do Ver-O-Peso estão animados com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que ocorrerá em novembro de 2025 na capital paraense. Isso porque há uma grande expectativa de aumento das vendas nesses setores, tendência que já vem sendo observada com os eventos que já vêm sendo realizados em Belém. Com diversas alternativas para apresentar aos visitantes, eles esperam lucrar bastante durante todo o ano de 2025.
No setor das polpas, visitantes de todas as partes do país e do mundo já param para apreciar os sabores das frutas amazônicas. Cupuaçu, bacuri, taperebá e açaí são as mais pedidas entre os viajantes. Outras alternativas envolvem o preparo de sucos, a venda dos famosos e tradicionais bombons e licores regionais, que atraem, principalmente, quem não tem como levar a fruta in natura para casa.
A expectativa para a COP-30, segundo o vendedor Thiago Barros, é que as vendas aumentem consideravelmente, seguindo a tendência já registrada no ano de 2024 com os eventos nacionais e internacionais paralelos à Conferência das Partes e o Círio de Nazaré. Para receber os turistas, ele tem se preparado com reforço no atendimento presencial e no esquema de envio das polpas para demais estados do Brasil.
O aumento da procura pelos sucos de cupuaçu, bacuri, taperebá e muruci é a maior expectativa da feirante Carmen Oliveira, 63 anos. Isso porque ela espera que os turistas, que costumam passar apenas para conhecer as frutas, comprem os sucos das polpas regionais.
“A gente espera, sim, que tenha um bom movimento e aumente as vendas. Turistas geralmente só vêm conhecer porque é mais difícil levar no avião. Quem compra mais são os paraenses que moram longe e querem matar a saudade das nossas frutas. Mas a gente espera que com a COP a procura pelo nosso produto melhore ainda mais”, disse a feirante.
A fruta in natura também é bastante procurada pelos turistas que têm curiosidade de conhecer a origem dos sucos. Apesar disso, a venda é mais tímida, já que por ser perecível, o alimento tem risco de não durar durante a estadia na capital e enfrenta dificuldade para embarcar em voos internacionais e domiciliares. Mesmo assim, o fruteiro José Lopes, 54 anos, afirma que espera uma boa movimentação pelo mercado no próximo ano.
“Aqui muito visitante fica curioso pela jaca, ingá e até o bacuri, mas não costumam levar por conta da viagem no avião. A gente espera que o movimento melhore por aqui, já mudou, tem passado muita gente, mas a gente espera vender melhor os nosso produtos”, conclui o feirante.