Pará

Viseu realiza eleições suplementares neste domingo

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De acordo com a Justiça eleitoral, mais de 46.900 eleitores e eleitoras estão aptos a votar. Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará
De acordo com a Justiça eleitoral, mais de 46.900 eleitores e eleitoras estão aptos a votar. Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará

Luiz Flávio

O novo prefeito do município de Viseu, nordeste paraense, será eleito hoje em eleições suplementares que foram decididas pela Justiça Eleitoral após o afastamento do prefeito Isaias José Silva Oliveira Neto (PL) e seu vice, Franklin da Costa Sousa (MDB), acusados de abuso do poder político nas eleições municipais de 2020, quando concorreram à reeleição. De acordo com a Justiça eleitoral, mais de 46.900 eleitores e eleitoras estão aptos a votar. O pleito ocorre das 8h às 17h.

No final de setembro do ano passado o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, deferiu tutela cautelar para o afastamento imediato dos dois dos cargos de prefeito e vice-prefeito de Viseu. Hoje a cidade é administrada interinamente pelo presidente da Câmara de Vereadores. O novo mandato encerra em dezembro de 2024.

Na ação, o ministro acatou o pedido da coligação “Construindo uma Nova História” e de Carla Dulcirene Parente Novaes (PSD) para dar efeito suspensivo à medida do TRE-PA, que em maio desse ano confirmou a decisão em primeira instância pela cassação dos mandatos, inelegibilidade dos acusados e realização de eleições suplementares. Na ocasião, no entanto, o Tribunal entendeu que seria necessário aguardar o pronunciamento final do TSE sobre recursos em julgamento em Brasília.

CANDIDATOS

Concorrem ao pleito o agora ex-deputado federal Cristiano Vale (PP) tendo como vice Mauro da Serra (MDB); e uma mulher chamada “Mãe da Carla Parente” (PSD), que concorre porque a filha Carla Parente, que foi uma das autoras do pedido de cassação do ex-prefeito, foi barrada pela Justiça Eleitoral. O vice na chapa é Zé Nobre.

Carla Parente (PSD) e a ex-prefeita do município, Astrid Maria da Cunha e Silva (sem partido) estão inelegíveis até 2024, em razão de uma sentença que as considerou culpadas por abuso de poder econômico e prática de assistencialismo em troca de votos durante a campanha eleitoral de 2016. A sentença já foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O vice indicado inicialmente na chapa também teve o pedido de registro de candidatura indeferido, pelo fato de não ter domicílio eleitoral em Viseu no prazo legal. O domicílio eleitoral dele é Ananindeua.

Astrid, que é médica, apoiou a então candidata a prefeita pelo PSDB, Carla Parente, no pleito daquele ano. Além da atividade política, Carla é enfermeira e empresária do ramo da saúde. Durante a campanha, ambas teriam oferecido consultas médicas, distribuição de medicamentos e feito promessas de mutirão de emissão de documentos com o intuito de obter o apoio dos eleitores.