CONTEÚDO DE MARCA

Usina Belo Monte restaura 3 mil campos de floresta amazônica

Descubra como a Usina Hidrelétrica Belo Monte está ajudando na recuperação da floresta amazônica através do plantio de árvores nativas.

Projeto de reflorestamento no Médio Xingu tem como meta plantar 5,5 milhões de mudas nativas até 2045, avançando de 2,4 mil para 7,6 mil hectares.
Projeto de reflorestamento no Médio Xingu tem como meta plantar 5,5 milhões de mudas nativas até 2045, avançando de 2,4 mil para 7,6 mil hectares.

Coletando semente nativa em florestas de Altamira, no Pará, o indígena juruna Geilton Rodrigues Barros vem ajudando a plantar centenas de árvores da região e a restaurar 2,4 mil hectares de floresta amazônica, o que equivale a 3 mil campos de futebol iguais ao do Maracanã. Cada muda plantada é resultado dos programas de Conservação da Flora e Recomposição de Cobertura Vegetal, executados desde 2011 pela Norte Energia, concessionária da Usina Hidrelétrica Belo Monte.

A usina é a maior hidrelétrica 100% brasileira e a quinta maior do mundo. Com capacidade para atender 60 milhões de pessoas, Belo Monte gera energia limpa e renovável e é a que menos emite no bioma amazônico. A hidrelétrica é responsável pelo atendimento de 10% da demanda do país e atua como bateria natural do sistema energético, ajudando na reserva nacional e em momentos alta demanda de energia.

Através dos projetos de reflorestamento da usina, até o momento, 1,5 milhão de mudas nativas de 159 espécies diferentes, como acapu, mogno, castanheira e pau-cravo, foram plantadas. A meta da companhia é recuperar 7,6 mil hectares até 2045. Se atingida, corresponderá a 5,5 milhões de mudas plantadas na região amazônica. Para se ter uma ideia, com o plantio de apenas uma árvore, a mitigação da emissão de CO2 na atmosfera é de 5 a 10 kg por ano. Ao mesmo tempo que a iniciativa da companhia promove a restauração ecológica, a atividade gera trabalho e renda para a população local.

“Eu coleto sementes para formar mudas que serão usadas para reflorestamento da região. Esse projeto é muito importante para o futuro das próximas gerações. Me sinto muito bem com o trabalho que faço aqui de proteção da Bacia do Xingu”, conta o indígena juruna Geilton. Os Juruna são habitantes tradicionais das ilhas do rio Xingu situadas entre a Volta Grande e o rio Fresco, no Pará.

Para conseguir atingir a meta de plantar 5,5 milhões até 2045, a companhia colocou em prática um processo bastante eficiente. Os frutos são colhidos de árvores nativas de alta qualidade genética e são processados para extração das sementes. Nessa etapa, as sementes passam por tratamentos de limpeza e armazenamento adequados para preservar sua viabilidade.

No viveiro, são semeadas em substrato apropriado e mantidas em boas condições de luz e de umidade para promover a germinação e o crescimento inicial de cada muda. À medida que se desenvolvem, são aclimatadas às condições externas antes de serem levadas para o campo, quando são, finalmente, plantadas, utilizando técnicas específicas para as condições das áreas a serem recompostas.

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) da usina totalizam 26 mil hectares, o que torna o trabalho desafiador diante da extensão territorial e das constantes ameaças de desmatamento e queimadas. As APPs são locais instituídos pelo Código Florestal – Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 -, legalmente protegidos e que desempenham um papel vital na manutenção do equilíbrio ecológico. Elas promovem a qualidade do ar, regulam o ciclo da água, proporcionam espaços verdes e têm a função de proteger o solo, prevenindo desastres associados ao uso e a ocupação inadequados dos terrenos.

Paralelo ao trabalho nas APPs, a Usina Hidrelétrica Belo Monte, em parceria com pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), desenvolveu uma técnica inovadora que acelera o crescimento de árvores nativas da floresta amazônica, reduzindo em até 20 anos o processo. O trabalho é focado em espécies de crescimento lento, cujo florescimento demora 25 anos, porém, com o resultado da pesquisa, os primeiros frutos, segundo os cientistas, surgirão entre três e quatro anos após o plantio da árvore. Além da técnica revolucionar a restauração florestal de áreas degradadas e mitigar as mudanças climáticas, pode contribuir para promover renda para a população local, visto que muitos frutos da região têm sabores exóticos e suas polpas despertam interesses gastronômicos.

“Os resultados apontam para uma revolução nas técnicas usadas até o momento para a restauração de florestas, o que pode trazer benefícios significativos para o futuro da restauração florestal na Amazônia e poderá ser aplicado em outras regiões, ajudando a recuperar áreas degradadas, inclusive por queimadas, e a reduzir o desmatamento. O projeto também pode auxiliar a biodiversidade da Amazônia e gerar renda e emprego para quem vive na região”, explica o professor da UFPA, Emil Hernández, responsável por conduzir os 20 pesquisadores envolvidos no trabalho.